Fernanda realiza sonho da maternidade com adoção de cinco: ‘Meus filhos me ensinaram o que significa ser mãe’

Campinas e Região



Fernanda Fabris conta que sempre desejou ter filhos, e o desejo tornou-se realidade a partir de 2019, com a adoção de quatro irmãos. A “caçula mais velha” chegou em 2022. Dia das Mães: Fernanda realiza sonho da maternidade com adoção de cinco filhos O ​​que é ser mãe? É certo que entre os muitos significados conquistou palavras como amor, dedicação, alegria e proteção. Mas na casa de Fabiana Fabris, de Campinas (SP), e de milhares de mulheres que comemoram o Dia das Mães neste domingo (14), essa relação vem concomitante ao termo “adoção”. Fernanda é mãe de cinco filhos: Arthur, de 6, Fabrício, 9, Flávia, 13, Flávio, 15, e Natália, 17 anos. E todos os filhos pediram a chegar apenas em 2019. “Meus filhos me ensinaram o que significava ser mãe”, afirma. “Uma das coisas mais incríveis foi descobrir que realmente o amor é capaz de transformar. O amor transformou a vida de nós sete. E mais que me tornar mãe, o que me deixou feliz foi conseguir construir com eles o relacionamento que eu sonhava em sempre, que é aquele relacionamento de proximidade”, explica Fernanda. Dia das mães: Sonho da maternidade leva Fernanda a adotar cinco filhos Reprodução EPTV Busca pelo filho biológico Fernanda conta que desde que casou teve muito desejo por um filho, e ela e o marido tentaram engravidar, mas pareciam que algo os impedia. Foram 11 anos tentando, com idas e vindas a consultas médicas, e nunca o casal descobrindo os motivos pelos quais eles não conseguiram gerar um filho biológico. “Todo mundo perguntou: ‘você não vai ter um filho?’ Você não vai ter um bebê?’ De vez em quando eu até ouvia: ‘você não sabe fazer um filho?’ Aquilo dentro de mim soava como se eu não engravidasse, não seria uma mulher completa, não seria uma mulher de sucesso”, revela Fernanda. Essa pressão social de ser mãe, a “obrigação” de ter um filho biológico, resultou em três crises de depressão. Até que, durante uma consulta, um médico sugeriu a fertilização in vitro, e isso ‘virou uma chave’ e fez com que Fernanda percebesse que não precisava engravidar. Depois de um processo que Fernanda identifica como “luto por não poder gerar” , onde ela não ia mais nem a chás de bebê, ela se lembrou que sempre quis adotar. ‘Mudando a chave’ Fernanda conta que não tinha vontade de fazer fertilização. Ela comenta que caso o procedimento não funcionasse, não teria estrutura emocional, mas foi nesse momento de reflexão que lembrei que sempre quis adotar. “Quanto eu tinha 13 anos, minha tia levou uma garota para passar o Natal com nossa família. Só que essa garota chamou minha atenção, ela tinha quase minha idade e eu olhei para ela e falei assim: ‘por que eu tenho uma família e ela não?’ Foi quando eu entendi que queria adotar”, recorda. Adoção para Fernanda não significa salvar alguém, mas a própria dor dos sentimentos em cuidado e amor que cultivava, e foi assim que decidiu pela adoção. Dia das mães: Sonho da maternidade leva Fernanda a adoção cinco filhos Reprodução EPTV A adoção Quando o casal decidiu iniciar o processo de adoção, em 2019, Fernanda estava num momento de ascensão profissional, no segundo ano do doutorado. Inicialmente eles pensavam que o processo seria muito burocrático e pensavam a buscar informações na internet. “Achava que entraria no processo de adoção e ficaria dois, três, quatro, cinco anos, até os meus filhos chegarem”, conta Fernanda. A futura mamãe recorda que encontrou o site ‘Adote um Boa Noite’, endereço eletrônico de um projeto do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que tem como objetivo estimular a adoção de crianças e adolescentes com mais de oito anos ou com alguma deficiência. “Na penúltima foto eu vi a foto dos meus filhos. E foi algo muito fantástico, porque na hora que bati o olho, eu disse: ‘meus filhos’”, revela. Assim começou o processo do casal para adoção de quatro irmãos. “Poucos meses depois usamos nossos filhos”, explica. Assim que tiveram o primeiro encontro, o casal e as crianças passaram por uma etapa chamada de “aproximação”, que corresponde a cerca de seis semanas, até que as crianças foram para a casa de Fernanda. Eles passaram por um período de conhecimento mútuo, filhos se adaptando aos novos pais, e os pais se adaptando aos filhos. Um processo que Fernanda reconhece não ter sido muito fácil, com conflitos, mas que foi vencido “com amor e conversa”. ‘Caçula mais velha’ Em 2022 o casal conheceu a “caçula mais velha”, Natália, por meio de um projeto social que a Fernanda apadrinha. Durnate uma atividade, o casal conversou com um adolescente, que se abriu para falar de temores e comentou sobre a vida depois que atingisse a maioridade e precisasse sair do abrigo. Este processo começou com o “Apadrinhamento Afetivo”, mecanismo de acolhimento previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que possibilita à criança ou adolescente desenvolver atividades e passeios com padrinhos registrados e autorizados. Depois de um período de conquista da confiança, Natália começou a frequentar a casa da Fernanda até que foi adotada. A família estava completa. Dia das mães: Sonho da maternidade leva Fernanda a adoção cinco filhos Reprodução EPTV VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1Campinas

Fonte G1

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *