Colisão com ave que obrigou avião voltar a Viracopos é 18ª de 2023; descarte irregular de lixo preocupa

Campinas e Região



A Prefeitura de Campinas diz que retira até 800 toneladas de resíduos das regiões das duas cabeceiras por mês. Acidentes com aves como o registrado pelo voo da Azul que decolou do Aeroporto Internacional de Viracopos e precisou retornar 20 minutos depois, no último sábado (1º), ocorreram com frequência no terminal em Campinas (SP). Já foram 18 neste ano, sendo que em quatro deles a aeronave ficou destruída – veja os dados dos últimos anos abaixo. O descarte irregular de lixo no entorno do sítio aeroportuário, principalmente de carcaças de animais, atrai muitas dessas aves. E o perigo pode ser explicado por essa comparação: um urubu de 1,5kg pode resultar em 7 toneladas de impacto ao se chocar contra um avião a 300 km/h. Os dados da coleta Aeroportos Brasil Viracopos mostram que em 2022 foram 92 colisões, sendo que em 14 as aeronaves ficaram mortas. Colisões entre aviões e aves em Viracopos 2018: 69 colisões, sendo 4 aeronaves mortas 2019: 90 colisões, sendo 11 aeronaves danificadas 2020: 74 colisões, sendo 7 aeronaves danificadas 2021: 98 colisões, sendo 5 aeronaves mortas 2022: 92 colisões, sendo 14 aeronaves mortas 2023* (até 3 de abril): 18 colisões, sendo 4 vítimas mortas De acordo com a motorista, semanalmente são realizadas inspeções no entorno do aeroporto por empresa de manejo de fauna e que sempre que são encontrados restos de animais, o departamento de limpeza pública de Campinas é informado. A Secretaria de Serviços Públicos de Campinas disse que realiza de segunda a sábado a remoção e limpeza de descarte nas duas cabeceiras do aeroporto, e que quatro caminhões e duas retroescavadeiras são utilizados no trabalho. Ainda segundo a massa, por mês são recolhidas até 800 toneladas de descarte, que inclui resíduos orgânicos e, eventualmente, restos de animais mortos, restos de poda e jardinagem e entulhos de construção civil. Sobre a ocorrência do sábado, a Azul confirmou, em nota, que não houve problemas no desembarque dos passageiros. A assessoria da companhia disse, ainda, que eles foram reacomodados em outros voos. “A companhia lamentou abortos ocorridos e ressalta que medidas como essas são necessárias para garantir a segurança de suas operações”, complementou. Aeronave que decolou do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, teve bico danificado pela ave Cleuton Matos Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram ‘Bird Strike’ Na aviação, casos como esse são conhecidos como “bird strike” e podem provocar queda de aeronaves. Em 2019, um mapeamento feito pelo Aeroporto de Viracopos identificou áreas de concentração de aves que podem causar riscos nas operações de pouso e decolagem. O relatório incluiu 11 cidades em um raio de 20 km a partir do centro da pista de pouso e decolagens do terminal. Segundo o estudo, pontos de descarte de lixo que, na ocasião, seriam próximos ao aeroporto os principais responsáveis ​​por atrair aves, como, por exemplo, os urubus. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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