A família do brasileiro Gabriel Magalhães, de 16 anos, morto a facadas em um metrô de Toronto no Canadá, descrito como descoberta sobre o ataque ao jovem. Em uma recente entrevista divulgada pelo canal Global News, Andrea e Antônio revelaram que souberam da notícia do crime pelos jornais, mas não perceberam que a vítima era seu filho.
Segundo Andrea, que trabalha como enfermeira em um hospital da cidade, a estudante costumava passar os fins de semana praticando snowboard; no entanto, naquela vez, ele pediu para sair com os amigos de escola. Mais tarde, o pai ouviu sobre o caso no noticiário. “Ele viu que um homem havia sido esfaqueado. Eu sabia que a estação era a que o Gabriel costumava pegar, mas eu não pensei em nada porque ele é uma criança, ele não é um homem”conto a mãe.
“Eu nunca pensei que poderia ser o nosso filho”acrescentou Antônio. “Mas, depois disso, ela não conseguiu mais dormir e começou a se desesperar”, descrito. Andrea tentou se comunicar com o jovem, mas não conseguiu nenhuma resposta. Horas depois, o casal recebeu um policial na porta de casa. “Eu só me joguei no chão e comecei a gritar: ‘Pode falar, eu sei o que aconteceu, só me conte’”lembre-se.
A polícia explicou que um homem havia se aproximado de Gabriel e começou a acertar o menino com a faca em um “ataque completamente sem motivo”. “Eu perguntei se ele teve uma chance de se defender, mas eles explicaram que ele não teve chance”, detalhou a mulher. No domingo, amigos de Gabriel compareceram à estação Keele para fazer um tributo ao jovem. Os presentes levaram cartazes, velas e rosas e os depositaram no local do incidente.
A família Magalhães é solidária na estação Keele. A mãe de Gabriel, Andrea, uma mulher muito empática que trabalha como enfermeira da UTIN no Monte Sinai falando sobre o acusado, um homem sem endereço fixo “agora, eu não o culpo. Eu culpo o sistema.” pic.twitter.com/woyf5ESpNU
—Catherine McDonald (@cmcdonaldglobal) 27 de março de 2023
Jordan O’Brien-Tolbin, de 22 anos, foi preso no último sábado e acusado de homicídio em primeiro grau. A família da vítima acredita que o suspeito pode enfrentar problemas de saúde mental. “Eu costumava me sentir segura na cidade. Eu não culpado apenas essa única pessoa, eu acho que ele precisa de ajuda”, lamentou. O casal se mudou para o Canadá em 2000 para fugir da violência de São Paulo. “Estávamos procurando uma vida melhor, oportunidades, e que teríamos filhos”confessou. Assista à entrevista completa:
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