Ela habla mesmo, mami! Em nova entrevista à Marie Claire, divulgada nesta sexta-feira (31), a cantora IZA abriu o jogo sobre o namoro com Yuri Lima, racismo, a demissexualidade e explicouu os barcos sobre o encontro com o piloto Lewis Hamilton, entre outros apresentados.
Considerada uma das principais artistas da atualidade, IZA confessou ter passado por uma fase de mudanças, que começou com o fim do casamento com Sérgio Santos, em outubro de 2022. Na época, a cantora sentiu a necessidade de “se preservar”, especialmente após ter uma fala descontextualizada em um podcast, quando passou a ser definida como demissexual (que se caracteriza pela atração sexual somente quando existe envolvimento emocional ou afetiva).
Questionada sobre o assunto, IZA entendeu como, de fato, definir sua sexualidade. “O que quero dizer é que preciso admirar muito alguém para ter um relacionamento sexual. Não tenho que casar, ter um relacionamento sério, mas já tentei fazer sexo casual e não funciona comigo. A experiência apertada é prazerosa para mim”confessou.
Além do prazer, a preocupação com a saúde e a intenção dos possíveis parceiros também pesam. “Tem as questões emocionais, de achar que o sexo é sagrado demais para fazer com uma pessoa que não conheceu. Onde estava este peru antes? Não sei. Por onde andou? Não sei! Gosto de ter uma conexão sincera. E agora que sou famoso, então, preciso realmente confiar na pessoa, né?”refletiu. “Não posso desperdiçar minha energia sexual com qualquer pessoa. Se for para gozar, gozo bem sozinha”, pontuado.
Novo amor e rumores
A busca por uma conexão real resultou, recentemente, no relacionamento com o jogador de futebol Yuri Lima, que já passou pelo Santos, Fluminense, e atualmente joga pelo Mirassol. IZA revelou que o atleta “correu atrás” dela online, no período que sucedeu o termo de seu casamento.
Apaixonada, a cantora rasgou elogios ao amado. “Eu acho ele um gostoso! começar a trocar ideia com ele pela internet. Vou falar sobre isso pela primeira vez. Conheci ele no Instagram. Meses depois que postei sobre a minha separação, entrei numa pilha de ver quem tinha me mandado mensagem. Tinham coisas interessantes e completamente aleatórias”se divertiu ela.
Como uma típica milenar, ela então tolerava “stalkear” o paquera, mas se surpreendeu com a postura “low profile” dele nas redes. “Achei uma mensagem do Yuri, fui stalkear e vi que ele era tão discreto quanto eu. A gente começou a se falar e achou ele muito maneiro, uma pessoa fodona, incrível, gostosa de conversar. Aí decidi ver qual era esse menino. A gente se encontrou e foi incrível. E cá estou eu, namorando”, contorno a musa.
Antes do novo relacionamento, no entanto, rumores sobre um caso da diva com o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton se apaixonaram online, quando os dois apareceram juntos em um jantar. O clique rendeu uma onda de “shippers” incentivando a dupla, mas IZA fez questão de esclarecer que nunca se envolveria com o britânico.
“Até falei com ele depois do jantar, mas não sei se ficou sabendo. Como ia dizer que estava fazendo montagens sobre nossos possíveis filhos? Achei que seria demais!”brincou a cantora, aos risos. “Era um jantar, mas foi a minha foto que repercutiu. Foi engraçado. Sinceramente, espero que ele não saiba!”acrescentou.
racismo e colorismo
Ainda durante o papo, IZA falou sobre sua relação com a moda e a diversidade dentro do mundo fashion. A cantora significou que, apesar das mudanças nos últimos anos, as casas de moda ainda têm muitos passos a dar para alcançar a inclusão real – especialmente quando se fala sobre corpos diversos e mulheres pretas.
“No desfile da Fendi, em Milão, fiquei encantada porque tinha muitas meninas retintas na passarela. Até tirei foto com elas! Depois fiquei pensando nas várias interseções e nas várias discussões dentro daquilo que foge do padrão. As semanas de moda são lugares de corpos incrivelmente magros e isso é dar alguns passos para trás. Mas eu nunca me iludi com o fator inclusão na moda. Eu acho isso uma coisa que precisa de ser amplamente, insistentemente tolerada ainda”pontudo.
“Não é um retrocesso, mas acredito que algumas marcas ainda não se convenceram disso da porta para dentro. (…) Então eu acho que isso é um alerta para tentar entender quem é que se importa com isso de verdade. Porque realmente é inadmissível que a gente não se veja nesses modelos. Eu acho que a gente não pode parar de falar sobre isso nunca, infelizmente. Ainda se tem muito o que evoluir”,garantiu.
A situação fez com que IZA refletisse sobre o racismo e o colorismo que já começou. À revista, a cantora destacou a importância de ver a colega de profissão, Ludmilla, ocupando espaços na mídia, como mulher preta retinta. “A questão do colorismo é real. Meus apelidos na escola eram completamente diferentes de uma amiga de pele clara. Não que fosse mais fácil para ela. Mas as pessoas têm um entendimento raso sobre o que é ser negro”refletiu ela.
“Existe a questão de nivelar o quanto você merece respeito de acordo com o tom da sua pele. Para uma mulher retinta como eu, ser vista como padrão de beleza era impensável. Quando você não enxerga nos lugares, é difícil sonhar com este lugar. Então, veja a Lud no Caldeirão era: ‘Caraca, também posso!’. E precisa querer muito, porque o sistema vai tentar fazer você desistir. Isso foi importante para mim – e ela sabe disso”. concluído.
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