Alícia assumiu a responsabilidade pelo golpe.  (Foto: Reprodução)

Aluna da USP que desviou quase 1 milhão de formatura vira ré por estelionato

Entretenimento

Nesta semana, a Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público contra a estudante Alícia Dudy Muller Veiga, de 25 anos, que confessou ter desviado R$ 937 mil de seus colegas da faculdade de Medicina da USP. Com isso, um jovem virou ré por oito estelionatos consumidos e um tentado. Segundo o UOL, uma terceira denúncia não foi aceita pelo MP.

Durante seu depoimento, em janeiro deste ano, Alícia confirmou ser a responsável por desviar os valores da formatura. Segundo a estudante, ela entendeu que os recursos arrecadados pelos alunos não estariam sendo administrados corretamente pela empresa contratada. Dudy alegou que teria realizado aplicações financeiras ruinas e, eventualmente, perdido o dinheiro.

Ela tentou recuperar a quantia fazendo apostas em uma casa lotérica. Alícia afirmou, ainda, que usava parte do montante benefício em próprio, pagando despesas pessoais como aluguel de veículos, apartamento e ainda compra de eletrônico. Durante o depoimento, ela admitiu que a história que conto aos colegas de que teria investido o dinheiro em um fundo e sofrido um golpe era mentira.

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão preventiva do jovem, mas a promotoria não concluiu que ela havia cometido crime de apropriação indébita. No entanto, mais de 70 alunos entraram com uma representação criminal contra Alícia e o caso foi novamente levado à Justiça. Ela foi denunciada ao Ministério Público e será julgada por estelionato. De acordo com a publicação, a defesa do estudante disse que só irá se manifestar quando tiver acesso ao processo completo.

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Com a repercussão do caso, ainda em janeiro, Alícia trancou a matrícula no curso de medicina. No final de fevereiro, no entanto, ela voltou a frequentar as aulas e está trabalhando em uma Unidade de projeto de pesquisa em uma Básica de Saúde na Zona Sul da capital paulista.

Na época, o advogado da aluna inveja um documento para a Universidade, temendo a reação dos demais colegas. “Estou elaborando um documento para enviar à USP informando que, enquanto ela estiver nas dependências da universidade, a responsabilidade sobre ela é deles e da polícia do campus”, disse Sérgio Ricardo Stocco ao UOL. Ainda segundo a defesa, um estudante foi “convidada por professores para voltar devido ao seu trabalho de pesquisa”.

Alícia assumiu a responsabilidade pelo golpe. (Foto: Reprodução)
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Desfecho

No dia 23 de janeiro, a ÁS Formaturas se aderiu com o Procon-SP e decidiu não repassar aos alunos o prejuízo que teve com o desvio de dinheiro. A empresa absorverá a dívida e realizará a festa sem custo extra para os formandos.

Em entrevista coletiva, Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon, afirmou que o contrato entre os alunos e a empresa foi formado em 2019. Entretanto, a pessoa jurídica que comandou a negociação, que fazia parte de uma associação dos formandos, nunca foi registrada. “O contrato foi celebrado entre duas pessoas jurídicas. Mas os alunos conseguiram que ter criado uma associação, registrado no tabelião de notas e formado pessoa jurídica. Teria representatividade legal”explicou Farid.

Por esse motivo, o negócio teria sido “mal elaborado” e acordado informalmente. A empresa então recebeu um prazo para contatar cada um dos formandos individualmente e apresentar a nova proposta.

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Fonte CNN

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