Filha de professora morta durante ataque em escola em SP desabafa e relembra missão da mãe

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Nesta segunda-feira (27), um adolescente de 13 anos esfaqueou seis pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo. Dentre as vítimas estava a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, que sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu às lesões. Para o g1, uma das filhas de Elisabete desabafou sobre a perda repentinamente e disse que a mãe tinha a educação como sua principal missão.

“Ela era uma pessoa dedicada a lecionar, como propósito de vida. Ela achou que ela tinha essa missão, em um país com tanta falta de educação, se ela pudesse mudar a trajetória de um aluno, ela já ganhou com isso. Ela era muito querida por onde ela passou”, contorno.

A veterana era professora de Ciências na unidade desde o começo deste ano. Elisabete também trabalhou no Instituto Adolfo Lutz como técnica, onde de apostou, e começou a dar aulas em 2015. Antes de ingressar como funcionária da Thomazia Montoro, ela lecionou na Escola Estadual Emiliano Augusto Cavalcanti De Albuquerque e Melo, onde ficou até dezembro do ano passado.

Em entrevista ao portal Metrópoles, um estudante que presenciou o ataque detalhou o momento, afirmando que tudo aconteceu “muito rápido”. “Não deu nem para ela se defender. Ele chegou com uma faca e esfaqueou as costas dela. Na hora eu saí correndo, cheguei a cair. As outras crianças correram também“, disse o menino identificado como GL.

Elisabete foi morta durante um ataque em SP. (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com o Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, outras três professoras e dois alunos foram vítimas do ataque. “Nós temos quatro professoras e dois alunos vítimas; das quatro professoras, a Elisabete lamentavelmente faleceu. Nós temos três professoras, uma que sofreu alguns golpes, mas encontra-se estável, e as outras duas sofreram. Dos dois alunos, um estável, já atendido, e um outro garoto em estado de choque”disse.

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O ataque

Nesta manhã, um aluno do 8º ano do ensino fundamental da escola esfaqueou seis pessoas e foi levado pela Polícia Militar. No ataque, uma professora foi morta, e outras três ficaram feridas ao tentar conter o autor. Um estudante foi ferido com um corte no braço, e outro aluno ficou em estado de choque.

Segundo o SBT, as autoridades encontraram informações sobre ataques em outras escolas no celular do jovem, o que indica que o crime já estava sendo planejado. Fontes ainda relataram que o adolescente tinha prometido atacar professores e alunos porque era alvo de bullying.

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As câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito entra na sala com uma máscara e começa a golpear Elisabete nas costas e na cabeça. “A gente estava na sala de aula e ouviu correria. Falaram que machucaram a Betea gente saiu correndo, estava todo mundo se escondendo, a gente entrou em choque e começou todo mundo a chorar”, disse uma das alunas que testemunhou o crime. Os registros ainda mostram que o jovem só parou quando foi imobilizado pela professora de Educação Física, que usou um mata-leão.

Com ele foram compreendidos uma faca, uma tesoura, um celular e uma carta de despedida. De acordo com a Jovem Pan, ele teria deixado uma mensagem nas redes sociais antes de cometer o ataque. “Irá acontecer hoje. Esperei por esse momento minha vida inteira. Tomara que eu conseguisse algum ‘matar’ (morte) pelo menos, minha ansiedade começa a atacar por causa disso. Enfim… me desejo boa sorte“, escreveu.

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Com repercussão, Tarcísio Gomes de Freitas, governador do estado de São Paulo, se manifestou sobre o caso e prestou apoio às vítimas. “Não tenho palavras para expressar a minha tristeza com a notícia do ataque a alunos e professores da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia. O adolescente de 13 anos já foi compreendido e nossos esforços estão concentrados em socorrer os feridos e acolher os familiares”declarado.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) também destacou o caso pelas redes sociais: “Uma tragédia que nos deixa sem palavras para expressar a tristeza do ocorrido na Escola Estadual, na Vila Sônia. As forças de segurança pública e de saúde agiram imediatamente, e continuaremos oferecendo todo o suporte necessário às vítimas e suas famílias”.

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A Secretaria da Educação lamentou o ocorrido através de nota. “O Governo do Estado de São Paulo lamenta profundamente e se solidariza com as famílias dos professores e alunos que foram vítimas de ataque à faca de um adolescente do 8º ano na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona Oeste de São Paulo. A situação causa consternação a todos e a prioridade neste momento é prestar socorro às vítimas e apoio aos familiares. Quatro professores e dois alunos foram feridos e encaminhados aos Hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís”diz o comunicador.

“A Polícia Militar foi acionada e a Civil investiga os fatos. O jovem de 13 anos de idade foi compreendido. Os secretários de Estado da Educação, Renato Feder, e da Segurança, Guilherme Derrite, estão na escola para tomar as primeiras medidas e prestar apoio a professores, familiares e alunos. Mais informações sobre o estado de saúde das vítimas serão divulgadas em breve”, conclui uma nota.

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Fonte CNN

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