Março Lilás: cobertura vacinal contra o HPV chega a 55% em Campinas; meta do Ministério da Saúde é de 80%

Campinas e Região



Índice é referência à adesão desde 2014, ano em que o imunizante foi incorporado ao SUS. Coordenadora do Programa de Imunização Alerta para o Câncer de Colo do Útero. Frasco de vacina contra o HPV Reprodução/EPTV A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) informou que a cobertura vacinal contra o Papilomavírus Humano (HPV) em meninas de 9 a 14 anos ficou em 55,8% ao fim de 2022. O dado foi passado pela massa a pedido do g1 nesta semana, em alusão ao “Março Lilás”, mês marcado pela campanha de conscientização e enfrentamento ao câncer de colo do útero. O índice é referente às meninas que tomaram duas doses do imunizante desde 2014, ano em que o imunizante foi incorporado ao Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, encontra-se ainda distante da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 80%. LEIA TAMBÉM Pesquisadores desenvolvem vacina que aumenta a proteção contra o vírus HPV em até 90% Já no caso dos meninos da mesma faixa etária, a situação é ainda mais alarmante. Só 38,9% deles receberam as duas doses na metrópole, também desde 2014. Em setembro do ano passado, a prefeitura ampliou a vacinação contra o HPV para meninos de 9 e 10 anos, uma mudança aprovada pelo Ministério da Saúde. Antes da extensão do público, o imunizante era oferecido apenas para meninos de 11 a 14 anos. Veja os índices de primeira e segunda doses em meninos e meninas desde 2014: Meninas de 9 a 14 anos Dose 1 – 75,4% Dose 2 – 55,8% Meninos de 9 a 14 anos Dose 1 – 60,8% Dose 2 – 38,9% Além de meninos e meninas, a vacina também é oferecida a grupos com condições clínicas especiais até os 45 anos. Essas condições incluem exame positivo para AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pacientes oncológicos, entre outros. Alerta Coordenadora do Programa Municipal de Imunização de Campinas, Chaula Vizelli fez um alerta para os riscos do câncer de colo do útero diante da baixa cobertura vacinal. “As infecções pelo vírus HPV estão diretamente relacionadas com uma série de cânceres, entre eles o câncer do colo uterino. Em Campinas, a cobertura vacinal está abaixo do esperado, é recomendada uma cobertura de 80% tanto para meninos quanto para meninas. E nós vemos, principalmente em relação à segunda dose em meninos, um número bem aquém do esperado.” Vizelli lembrou, ainda, da campanha de vacinação nas escolas realizada em outubro do ano passado. A essas crianças e adolescentes, a segunda dose do imunizante está programada para abril. “Agora, em abril, é tempo oportuno para a segunda dose. Então fazemos até um alerta para crianças, adolescentes que receberam essa vacina lá em outubro que se atentem à data do aprazamento, que procuramos nossos serviços para receber a segunda dose”, completou. a coordenadora. A doença e a vacina O HPV é transmitida pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas, principalmente por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, a cada ano, surjam 700 mil casos novos da infecção no país. A vacina é uma das formas mais importantes de evitar o câncer de útero. Ela deve ser tratada em duas doses em meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 6 meses. A partir do momento em que é iniciado o esquema, ele pode ser concluído até o limite de idade da bula. As doses estão disponíveis em todos os centros de saúde de Campinas. Para ser vacinado, é necessário apresentar o cartão de vacinação ou documento de identidade. A vacina não substitui a realização do exame preventivo (Papanicolau) periodicamente, e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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