Condepacc libera a herança de 108 árvores do Bosque dos Jequitibás, mas Campinas aguarda aval de outros órgãos para iniciar o trabalho

Campinas e Região



Prefeitura não dá prazo para reabrir local. Laudo que serviu de base para validar remoções é alvo de críticas e nota de repúdio. Grupo diz que parte dos vegetais deve ser mantida. Árvore de 35 metros do Bosque dos Jequitibás caiu sobre carro e matou morador de Campinas Sérgio Rovere – Droneros O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) autorizou, nesta quinta-feira (23), a remoção de 108 árvores do Bosque dos Jequitibás Jequitibás. Apesar disso, a prefeitura afirma que as extrações vão começar “somente após todas as autorizações dos órgãos responsáveis”. De acordo com o Poder Executivo, o bosque é patrimônio estadual tombado também pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1970. Em 1995, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) reconheceu o zoológico do bosque. Questionada se há previsão para terminar os trabalhos e reabrir o bosque, a prefeitura afirmou que “não há prazo, por enquanto” e também evita falar em espera para retomada das atividades. Leia mais: Em 3 anos, Campinas reduz podas de árvores em 38%, e espera ampliar equipes Campinas registra 405 quedas de árvores no 1º bimestre e número supera total de 2022 Chuva desta segunda (12) provocou queda de árvores no Bosque dos Jequitibás, em Campinas (SP) Arquivo pessoal Críticas A Comissão Especial de Estudos de Arborização Urbana da Câmara Municipal de Campinas emitiu nota de repúdio pela decisão tomada pelo Condepacc. Formada por três vereadores, a comissão afirma, em nota conjunta, que executou vistoria no Bosque nesta semana e ainda fará outra no sábado (25) para concluir um contralaudo que avalia as informações do laudo usado pela prefeitura para pedir a remoção das árvores. “Foi detectada inconsistências técnicas e legais na elaboração e apresentação do laudo realizado pela Secretaria de Serviços Públicos”. Para a vistoria, uma comissão contou com um biólogo e um engenheiro florestal que fazem parte de um grupo de estudos sobre a arborização urbana de Campinas. Ouvidos pelo g1, ambos afirmaram que várias das árvores indicadas para garantia podem ser salvas. Eles apontam, ainda, uma série de informações que não foram incluídas no laudo da prefeitura e seriam essenciais para permitir a herança. A prefeitura afirmou nesta quinta-feira que a Secretaria de Serviços Públicos ainda não recebeu o contralaudo. Condutor de carro atingido por árvore de 35 metros morre em Campinas (SP) Lucílio Ferreira Junior Morte de morador O laudo usado pela Secretaria de Serviços Públicos foi produzido após a morte de um técnico em eletrônica atingido por uma figueira branca de 35 metros que caiu durante um temporal em 28 de dezembro do ano passado. Documentos obtidos pelo g1 via Lei de Acesso à Informação (LAI) mostram que, nos últimos cinco anos, a prefeitura só realizou laudo técnico sobre as árvores do Bosque dos Jequitibás após a queda da figueira branca. VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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