Cidade Invisível: Elenco fala sobre guinada na 2ª temporada e revela desafios em gravação na Amazônia; assistência

Entretenimento

Após conquistar sucesso em mais de 40 países, a série “Cidade Invisível“, de Carlos Saldanha, retorna à Netflix nesta quarta-feira (22) para sua 2ª temporada. As estrelas Marco Pigossi, Alessandra Negrini e Manu Dieguez bateram um papo com Bruno Rocha, o Hugo Gloss, sobre tudo o que vem por aí e abriram o jogo sobre os desafios das mulheres na Amazônia, a transformação dos personagens e os verdadeiros vilões da história .

Nos novos episódios, Eric (Pigossi) surge em um santuário natural protegido por indígenas, após um bom tempo ausente. O local, que fica nos arredores de Belém do Pará, está sob ameaça, já que é procurado por garimpeiros em busca de ouro. O policial também descobre que sua filha, Luna (Manu Dieguez), e Cuca (Alessandra Negrini) vivia na região, depois que o jovem teve uma visão de que ele voltaria à vida no interior do estado.

Embora queira retornar ao Rio de Janeiro com a filha imediatamente, Eric percebe que a menina tem uma missão maior a cumprir na região. Enquanto tenta protegê-la, ele se torna uma ameaça para o delicado balanço entre a natureza e as entidades do folclore local. Espia só:

A Hugo Gloss, Pigossi revelou que a nova fase marca uma “troca de papéis” para Eric, que deixa de ser caçador e se torna a caça. Questionado sobre essa guinada, o ator demonstrou que o desafio foi manter a relação dele com Luna, enquanto explorava o impacto do sobrenatural na vida do policial. “O Eric volta de uma maneira completamente diferente. Dois anos se passaram e sem querer dar muito spoiler, mas ele volta antes do tempo. Ele volta de uma maneira diferente. Não era ainda a hora dele voltar, depois de tudo que aconteceu no final da primeira temporada. Então, realmente a dinâmica do jogo muda”, disse o ator.

“Ele volta com algumas forças sobrenaturais, meio que conduzindo ele nesse lugar, então ele não é mais aquele… Aquele policial centrado, tentando controlar a situação, ele acaba sendo controlado. Mas uma das coisas que eu acho, é que ele manteve essa relação com a filha, essa busca por manter essa relação e esse amor. Essa ainda é a linha, ea espinha dorsal da história. E, como ele navega dentro desse universo mágico e místico. Então, isso se manteve. Mas, realmente, a gente volta com outro Eric. Numa outra dinâmica de situação. Mas eu espero que vocês gostem”acrescentou.

Eric retorna com novos poderes e desafios para manter o equilíbrio. (Foto: Reprodução/Netflix)
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As mudanças não se restringiram apenas ao protagonista, já que Luna (Dieguez) também tomou com um papel mais significativo e maduro na trama. Para Manu, um jovem se transformou, mas permanece focado em atingir um objetivo: se reunir com o pai. “A Luna mudou muito da primeira para a segunda temporada, né? Tanto por dentro como por fora. E, por fora, ela está mais adolescente, mais descolada, sabe? Ela anda de skate… E por dentro, a Luna… Ela tá diferente, ela amadureceu, ela tá determinada no que ela quer. Ela quer encontrar o pai dela. Então, ela vai encontrar o pai dela. Ela está determinada a fazer isso. A Luna deu uma boa amadurecida da primeira para a segunda temporada. Ela mudou muito, mas tá linda”garantiu.

Luna contará com o auxílio de Cuca para reencontrar o pai. (Foto: Reprodução/Netflix)
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Cuidado com a Cuca

Alessandra Negrini conquistou o público de “Cidade Invisível” com sua emblemática versão da Cuca, personagem do folclore brasileiro que está cercada de mistério e magia. No primeiro ano da produção, a Cuca intrigou os fãs, já que transitava entre o bem e o mal, em cenas dúbias.

No entanto, nos novos episódios, Negrini garante que o personagem está ainda mais dramático, mas determinado a fazer o bem, enquanto enfrenta seus próprios inimigos – entre eles Matinta Pereira, interpretada por Letícia Spiller. “Ela continua igual, mas ela está em situações diferentes. Então, agora a Cuca já se revelou, né? Ela se revela na primeira temporada. Você vê que ela não é um ser do mal. Então, você já sabe dessa ideia”, conto a atriz.

Apesar do instinto maternal do personagem com Luna, o desafio de Negrini foi manter a Cuca num espaço mais ambíguo, onde tudo pode acontecer. “Agora, ela está numa missão heróica mesmo ali com a Luna. E ela é mais maternal, porque ela está convivendo com a Luna, mas ainda é a Cuca! Ainda tudo pode acontecer. A Cuca pode surpreender. Eu tenho que trabalhar sempre nesse universo assim… Meio sombrio, né? Faça inconsciente. Não dá para saber muito. Então, eu acho que a Cuca mantém esse lugar”. pontuado.

Alessandra Negrini revela que Cuca viverá uma “jornada heróica” na 2ª temporada. (Foto: Reprodução/Netflix)
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Gravações na Amazônia

Uma das propostas da série é elevar o folclore brasileiro e familiarizar o público com as histórias que passaram de geração para geração. Durante os cinco episódios, veremos Eric, Luna e Cuca explorando Belém do Pará, em meio à Floresta Amazônica, onde muitos desses “personagens” transitam.

De acordo com Pigossi, filmar de fato na floresta foi fundamental para o nível do conteúdo entregue. “Como ator, eu acho superinteressante a gente estar nesse universo, né? O universo que a gente vai filmar. Eu acho muito válido a gente absorver o universo em volta e trazer para a história. Nessa temporada ,a floresta é um dos grandes personagens. (…) A gente traz todo esse universo, a gente até se distancia um pouco do que é folclore e entra um pouco mais no cultural dos povos originários mesmo, né? Dentro da cultura e das crenças nesse lugar. Então, eu acho que isso é muito interessante da gente explorar e de se ver. São culturas tão ricas e histórias tão fascinantes nesse lugar. Então, a série muda”, refletiu.

O ator iniciou, ainda, que se aprofunda nos trajes locais foi fácil. O maior desafio se concentra em como levar os guardados para dentro da floresta – o que só garanteu a importância da trama, que fala sobre a proteção da natureza. Segundo Pigossi, o elenco ficou quase dois meses por lá.

A gente sai da cidade e entra na floresta. E estando lá, a ficou gente no Pará um bom mês e meio, eu diria. Talvez até um pouquinho mais. É fundamental para a gente entender o lugar. Isso a gente sente no nosso corpo, a gente sente na dinâmica, a gente sente com as pessoas, a gente sente no sotaque. Tudo aquilo vai abraçar a gente, abraçar o universo. É um desafio filmar lá. Não é fácil. É um lugar que não é feito para que a gente vá com equipamento. É um lugar feito pra ser protegido, né? Então, tem que ter esse cuidado. É um lugar delicado nesse sentido. Então, tem vários desafios aí também, mas eu acho que foi uma grande sacada a gente sair do universo urbano mesmo, e adentrar floresta adentro“, explicou.

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Os verdadeiros vilões

Por fim, questionada sobre o flerte entre a realidade e o místico, Negrini – que é uma grande ativista na luta pela preservação do meio ambiente – destacou a importância de mostrar o verdadeiro vilão tanto nas telas, quanto na vida real: o garimpo ilegal. “A série traz essa questão para o grande público. A Netflix tem um alcance muito grande. Então, isso é fundamental. Você pode levar essa discussão para os jovens, para as crianças. Porque não adianta você fazer o ativismo e ficar ali numa bolha. Brigando ali, conversando com as pessoas que sabem do que você está falando. Quando você faz um trabalho que pega as pessoas pela emoção, pelo coração, e não ideologicamente, não pela razão, você tem um poder muito maior”. refletiu a atriz.

“É educativo e transformador nesse sentido, porque pega as gerações muito novas para poderem pensar sobre essa questão. E isso é lindo, isso é muito importante. Eu acho que essa série… Está tocando nos lugares certos, sabe? E, também, sem ser didático, porque não tem nada mais chato do que você quer falar sobre assuntos e ser didático, mostrar um lado só. Não. É uma situação complexa. A gente vai até onde dá pra ser… A complexidade da história, da coisa. Mas eu acho que está lá. Está lá exposto o que interessa, sabe? É muito importante”, concluído.

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Com cinco episódios, a 2ª temporada de “Cidade Invisível” mostra a conexão entre sociedade e natureza, buscando o equilíbrio entre as duas. A obra é realizada pela Pródigo Filmes, com Carlos Saldanha como criador e produtor executivo e Luis Carone como diretor-geral, além de Cassiano Prado, Graciela Guarani e Luciana Baptista na direção.

Os aguardados episódios estreiam hoje (22) na Netflix, com novos nomes no seu elenco, incluindo Letícia Spiller, Simone Spoladore, Zahy Tentehar e Kay Sara. Preparados para mais uma aventura folclórica? Então é só dar play abaixo e curtir!

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Fonte CNN

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