Entenda por que, mesmo antes do frio, Campinas vive explosão de crianças com síndromes gripais e pressão por leitos pediátricos

Campinas e Região



N° atual de atendimentos por médicos atendidos é considerado mais do que o dobro do habitual para esta época do ano. A Rede Mário Gatti registrou 100% de ocupação dos leitos e precisou antecipar a abertura de estruturas no Mário Gattinho. Rede pública de saúde de Campinas (SP) vive pressão por leitos pediátricos Fernanda Sunega/Prefeitura de Campinas A rede pública de saúde de Campinas (SP) está sob pressão em meio a um aumento exponencial de crianças com síndromes gripais e leitos pediátricos superlotados. Apesar do problema não ser raridade nos últimos anos, o que chama a atenção desta vez é o período em que ele veio à tona: antes mesmo das estações mais frias do ano, quando tradicionalmente aumenta o número dessas doenças. Na quarta-feira (15), a Rede Mário Gatti registrou 100% de ocupação nos leitos para as crianças. Já na manhã de quinta (16), todos os 15 leitos de UTI pediátrica no Hospital Municipal Ouro Verde e os 10 no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti estavam ocupados. Dentre os 11 de enfermaria no Ouro Verde, apenas um estava vago. Apenas nos primeiros 13 dias deste mês de março, já foram atendidas 4.192 crianças com sintomas acompanhados. Como efeito de comparação, em todo o mês de janeiro, foram 2.579 atendimentos. O número atual é considerado mais do que o dobro do habitual para esta época do ano. Diante da situação, a rede anunciou a antecipação da abertura de 15 vagas de enfermaria na unidade pediátrica do Mário Gattinho para a próxima semana. A previsão da autarquia era para que a estrutura entrasse em funcionamento em abril, mas a alta demanda, que gerou a superlotação, forçou a mudança. Veja abaixo os detalhes. Mas o que explica o cenário ainda sem calor? Ao g1, o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, destacou que o aumento “fora de época” de atendimentos de crianças com síndromes respiratórias começou a ser percebido no ano passado, depois dos períodos de restrições da pandemia de Covid-19. “Nós tínhamos um histórico de perfil de atendimento infantil até 2019 em que a gente tinha uma sazonalidade, ou seja, um aumento significativo de atendimentos, entre abril até agosto, setembro. O que notamos: depois de 2019, com a pandemia, em 2022 , começou a ter um aumento no meio do ano um pouco fora do padrão. Em novembro, dezembro e janeiro, já foi um atendimento um pouco fora do normal. Agora, aumentou ainda mais.” Apesar de ressaltar a necessidade de mais trabalhos científicos para esclarecer os motivos da mudança de perfil, Bisogni considera a possibilidade de as crianças terem ficado mais ansiosas às doenças durante a pandemia. “A pandemia, talvez, predispôs as crianças a sofrerem mais complicações, talvez tenham mais facilidade em adquirir doença respiratória. A verdade é que mudou o perfil do que vinha ocorrendo há muitos anos. Ao longo do tempo, vão aparecer trabalhos científicos mostrando a real causa, mas dá a impressão de que elas [crianças] a situação pode piorar com a chegada do frio? O patamar já alto de crianças doentes no verão eleva a preocupação para a chegada do outono, que começa na próxima segunda-feira (20), e do inverno, estações que costumam provocar mais síndromes gripais. O presidente da Rede Mário Gatti ponderou, no entanto, sobre a imprevisibilidade de um cenário a longo prazo e evitou cogitar a possibilidade de medidas como a transferência de crianças para outros hospitais por falta de leitos. gente tem que contar também que [a situação] pode ter chegado no teto e ficar estável nesses números. A gente não pode se antecipar muito, porque você não tem muita noção de como isso vai evoluir. Lógico que, vamos imaginar, em uma ‘hecatombe’, a gente consegue fazer resistência para acomodar as pessoas, mas não é o ideal. O ideal é que a gente tenha locais preparados para a criançada.” Os leitos de internação já deveriam ter sido abertos em fevereiro, assim como a implantação do novo centro hospitalar, mas as fortes chuvas do início do ano modificaram o ritmo das obras e atrasaram o cronograma. prefeitura é finalizar os trabalhos até o dia 24 de março e abrir toda a estrutura do Mário Gattinho no dia 3 de abril. “Estamos chegando em abril, já está entrando na sazonalidade. Tanto é verdade que toda a programação nossa foi deixar o Mário Gattinho pronto, transferir todo mundo para lá no começo de abril, para, durante a sazonalidade, a gente já estar com a situação um pouco mais confortável”, afirmou Bisogni. Portanto, a antecipação da abertura dos leitos de enfermaria está considerando o novo planejamento do governo municipal. A Rede Mário Gatti, que administra os hospitais municipais, UPA e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), não confirmou em qual dia da próxima semana as vagas aguardar disponíveis. Segundo a Rede Mário Gatti, a partir de abril, o Mário Gattinho terá 56 leitos. Veja os detalhes: 14 de UTI; 15 de enfermaria; Nove de retaguarda; Dois de urgência; Nove para internação de lactentes; Recuperação pós-anestésica (RPA) com quatro leitos e três leitos-dia VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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