Após o sucesso de audiência nacional e internacional, a série brasileira “DOM” ganhou uma segunda temporada, que estreou nesta sexta-feira (17) no Amazon Prime Video. Em entrevista a Hugo Gloss, o protagonista, Gabriel Leone, conto como as filmagens da nova leva de episódios exigem um esforço físico ainda maior. Flávio Tolezani e Filipe Bragança também deram detalhes dos avanços da trama e do que lidaram nos bastidores.
Gabriel, que vive o tráfico carioca Pedro Dom, contorno como o ritmo frenético da segunda temporada tornou o processo de filmagens em algo ainda mais intenso, com “cenas mais físicas”. “Boa parte da temporada o Pedro está preso. Isso é algo que a gente esperava muito, na primeira, como uma das maiores fobias que ele tinha era ficar preso”contorno. “Então, nessa segunda temporada, a gente de cara vai ver o Pedro lidando com esse que é o maior medo dele, provavelmente. E numa situação completamente diferente”afirmou.
Para o ator, essa situação de medo trouxe uma potência ainda maior para a trama. “Nessa segunda [temporada], a gente vai ter ele num espaço em que ele não tem controle nenhum, pelo contrário, onde ele é dominado. Então, eu acho que o esforço físico vem num lugar de sobrevivência, o que talvez seja até maior do que enquanto ele está circulando livremente”opinou. “O ritmo é mais frenético, a temporada é mais intensa, mais visceral ainda. Porque os personagens estão afunilando, estão entrando por um caminho sem volta, realmente, baseados nas escolhas deles”acrescentou.
Filipe, que interpreta a versão jovem do pai de Dom, mencionou como Victor passa por mudanças que antecedem sua personalidade do futuro. “Ele ainda mantém essa pureza de um jovem querendo, com muito fervor, consertar o mundo e consertar os problemas do país. […] O meu Victor jovem, o Vitinho, ele entra para a polícia [ao final da primeira temporada]. Então, nessa segunda temporada ele já é policial e as coisas começam a ficar um pouco mais dolorosas. Ele começa a ver o quão complexo é o mundo e como é muito mais difícil de lidar com todas as questões que ele encara do que era antes”pontudo.
Bragança ainda falou sobre suas cenas de nudez, dizendo que não tem problemas desde que todos estejam confortáveis. “Pra mim, particularmente, enquanto ator, não tem uma dificuldade de fato, desde que todo mundo esteja confortável. Não acho que a nudez seja um problema necessariamente. E, também, desde que tem um propósito na série para existirem as cenas de sexo”mencionou ele. “O mais importante. […] era a gente estar confortável, tanto eu quanto ela [Julia Konrad]. E a equipe, a produção se assegura disso. […] A gente tem uma pessoa que está ali só pra ensaiar essas cenas e para se assegurar de que qualquer desconforto vai ser dito para que todo mundo possa estar bem”citou Filipe sobre a “preparadora de intimidade”.
O que virá na terceira – e última – temporada
Enquanto a segunda temporada de “Dom” vai ao ar, o elenco já terminou de gravar a terceira e última leva de episódios da série. Gabriel sentiu a sensação de dar um ponto final nesse ciclo importante. “Eu termino de filmar ela hoje [no dia da entrevista], coincidentemente. Acho que por isso estamos todos emotivos que vamos encerrar esse ciclo. Porque essa última temporada é uma temporada de conclusão”declarado.
Inspirada numa história real, a produção deve chegar ao fim com a morte de Pedro Dom, que foi morto a tiros em setembro de 2005. “A gente sabe que infelizmente foi uma tragédia familiar. E o grande ponto era justamente ver essa história ser desenvolvida, ao longo das três temporadas”disse o protagonista. “São os personagens definitivamente para o seu fim”, acrescentou. Segundo Leone, os últimos episódios ainda abordarão uma “virada de chave” e “amadurecimento” do tráfico. “A gente vai ver ele […] amadurecendo e querendo, de alguma forma, mudar um pouco o rumo das coisas. O conflito acho que passa a ser um pouco esse. Um desejo de escapar, de sair, mas ao mesmo tempo não é simples, não é fácil”antecipou.
Morte do diretor Breno Silveira
No ano passado, o elenco teve de lidar com a morte do cineasta Breno Silveira, diretor e showrunner da produção, que faleceu aos 58 anos em decorrência de um infarto. Flávio se abriu sobre a falta que o diretor fez nas negociações da terceira temporada. “A falta é enorme. Era um grande amigo, um grande profissional, é muito conhecido isso. A falta que ele faz e vai fazer para o audiovisual, para a arte”afirmou.
Contudo, de alguma forma, todos ainda sentiram a presença de Silveira durante as filmagens. “Por mais que ele não esteja presente agora no set, durante grande parte do roteiro ele esteve presente”lembrou Flávio. “Então cada escolha nossa não deixa de passar pelo que o Breno fez com a gente. E isso de uma forma consciente em algumas vezes, quando a gente está no set e fazendo as cenas, e outras do inconsciente, quer dizer, não precisa. Ele já está. Então a ausência dele é muita presença, sem dúvida nenhuma”acrescentou.
Gabriel também desabafou sobre o assunto. “Já seria muito emocionante terminar [a série] por si só, mas terminar sem ele, sem a presença física dele nessa terceira temporada… Foi doloroso por um lado, mas por outro, como o Flávio falou, eu sinto isso, que de alguma forma ele deixou todos nós muito preparados pra seguir, para concluir”, opinou. Leone ainda mencionou como os trabalhos póstumos vêm como uma homenagem para o diretor. “Seguimos com ele e, é lógico, por ele. E da mesma forma, o lançamento da segunda temporada agora, mesmo ele tendo dirigido tudo, não tem como não vir em forma de homenagem a esse parceiro e grande amigo nosso”concluído.
Assista à entrevista na íntegra abaixo:
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