Após receber aval da prefeitura, Maternidade de Campinas reabre 10 leitos de UTI neonatal

Campinas e Região



A Secretaria de Saúde estava planejando retomar a parte das vagas interditadas em fevereiro. A unidade está com 23 leitos ocupados nesta quarta-feira. Campinas reabre 10 leitos interditados na UTI neonatal da Maternidade Depois de receber o aval da Secretaria Municipal de Saúde, a Maternidade de Campinas reabriu, nesta quarta-feira (8), 10 dos 20 leitos de UTI Neonatal interditados desde 16 de fevereiro por déficit de profissionais da saúde. A decisão seria publicada no Diário Oficial desta quarta, mas, de acordo com a prefeitura, quando o texto foi encaminhado para publicação, na terça (7), a edição já estava fechada. Portanto, a autorização será publicada na quinta-feira (9), com dados retroativos. Veja nota na íntegra abaixo. De acordo com a Maternidade, a UTI Neonatal estava com 23 dos 30 leitos ocupados na manhã desta quarta. A autorização ocorre após o hospital apresentar um plano de trabalho que atenda aos requisitos mínimos para o funcionamento da estrutura. Agora, a unidade e a secretaria mantém tratativas para reabrir os outros 10 leitos futuramente. Dias antes da interdição, a Maternidade notificou um surto de diarreia na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), e bebês morreram. A causa dos óbitos ainda está em investigação. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apura as mortes, irregularidades apontadas pela administração, e quais ações foram realizadas pela prefeitura e estado neste caso. Área da Maternidade de Campinas Jonatan Morel / EPTV Campinas também analisa ampliar o financiamento dos leitos de neonatologia no Hospital da PUC, que já é conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e atualmente atende com 12 leitos de UTI neonatal. Segundo a Secretaria, o assunto ainda depende de análises e trâmites administrativos. LEIA MAIS MP abre inquérito para apurar mortes após surto na Maternidade e ações de Campinas e SP diante de reflexos na assistência neonatal Crise na Maternidade: por que dívidas e falta de profissionais morreram hospital com mais nascimentos em Campinas Entenda o que é a recuperação judicial e como ela funciona O que se sabe e que falta saber sobre a morte de dois bebês após surto de diarreia na Maternidade de Campinas Família protesta após morte de jovem de 23 anos na Maternidade de Campinas O que diz a prefeitura? Em nota na terça-feira, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou a desinterdição de 10 leitos na Maternidade e destaca que continua a negociar a auxiliar da estrutura no Hospital PUC-Campinas. Veja: “A Secretaria Municipal de Saúde informa que o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) deferiu, no início da noite desta terça-feira, 7 de março, a desinterdição de 10 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal na Maternidade de Campinas, com a equipe completa, de acordo com a RDC 07/2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de UTI e dá outras providências. atendimento de UTI neonatal. A proposta para operacionalização do funcionamento com os 30 leitos prevê a reorganização da escala de profissionais da Maternidade, cumprindo todos os pré-requisitos da legislação necessária. A Maternidade de Campinas está autorizada a disponibilizar os leitos a partir de hoje. A decisão sobre a desinterdição dos leitos será publicada no Diário Oficial do Município amanhã. Paralelamente, a Secretaria Municipal de Saúde continua com o resultado para ampli ação dos leitos de neonatologia no hospital da PUC.” Crise na Maternidade Responsável por cerca de 750 partos e 7 mil atendimentos por mês, 60% deles na saúde pública, a Maternidade acumulou nos últimos anos dívidas milionárias – R$ 28,5 milhões somente em 2022 – que completou a instituição centenária. A falta de profissionais também gerou a interdição de 20 dos 36 leitos, fato que abasteceu diretamente o atendimento de recém-nascidos com quadro grave de saúde. Referência regional em UTI Neonatal, dias antes da interdição o hospital notificou o surto de diarreia na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), e três bebês morreram. De acordo com o MP, uma realizada pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), após o caso vir à tona, constatou inconformidades independentes, de recursos humanos e de processos de trabalho, que afetam diretamente na qualidade do serviço prestado aos usuários . Área do Hospital Maternidade de Campinas Patrícia Teixeira/g1 VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas.

Fonte G1

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