Caism e PUC-Campinas são os destinos dos transferidos após a prefeitura interditar 20 leitos na Maternidade. Na PUC, gestantes de alto risco foram colocadas em enfermaria. Hospital da Mulher da Unicamp (Caism) Reprodução/EPTV Os dois hospitais indicados pela Prefeitura de Campinas (SP) como destinos dos pacientes transferidos da Maternidade anunciam que estão com as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatais superlotadas. As transferências são necessárias após a interdição de 20 leitos na Maternidade por falta de profissionais (leia aqui). A interdição afetou metade dos leitos de UTI Neonatal da Maternidade, unidade filantrópica responsável por 40% dos partos de Campinas e que também atende a região de Campinas. Além da interdição, a Maternidade viveu o surto de uma doença gástrica que causou a morte de dois bebês entre 6 e 9 de fevereiro. Entenda aqui. Caism Hospital da Mulher da Unicamp (Caism) e Hospital e Maternidade PUC-Campinas informaram, após a confirmação da interdição dos leitos da Maternidade, que já estão com mais pacientes do que estrutura. No caso da Unicamp, a reforma da UTI Neonatal apresentou o número de leitos para 14. “Apesar de nossa capacidade de atendimento excedida, a partir da sexta-feira (17), houve 6 internações em nossa unidade neonatal, sendo 4 da cidade de Campinas”. O Caism informou, ainda, que se dispôs a ajudar a Maternidade desde que foi notificado da situação. “Nesse sentido, sentimos três gestantes internadas naquele hospital e com possibilidade de nascimento de crianças prematuras”. Das três pacientes, uma teve o parto e seguiu internada na terapia intensiva neonatal até esta publicação. As outras duas gestantes estão internadas e em tratamento clínico. PUC-Campinas Já no Hospital e Maternidade PUC-Campinas, outra unidade de referência, a UTI Neonatal possui 16 leitos do SUS, mas está com 18 internados. Com isso, há gestantes de alto risco na enfermaria SUS e no centro obstétrico. UTIs neonatais estão superlotadas Reprodução/EPTV O hospital afirma que, apesar da pressão na unidade, a central de regulação de vagas segue encaminhando pacientes de urgência e emergência. A PUC-Campinas também afirma que segue atendendo demanda espontânea (na porta). “A situação está a ser comunicada diariamente aos órgãos públicos competentes e à Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross)”. A interdição na Maternidade O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas interditou, ainda na noite de quinta-feira (16), 20 leitos de UTI Neonatal da Maternidade de Campinas por conta do baixo número de profissionais para o atendimento dos bebês. Segundo o Devisa, o déficit de profissionais já havia sido identificado desde o final de 2022, inclusive com autos de notificação para a entidade. “A Secretaria de Saúde está transferindo para o Caism e para o Hospital da Puc as gestantes que estavam com risco de parto prematuro, para que, ao nascerem, os bebês já estivessem internados na UTI Neonatal desses hospitais”. A Maternidade abortada, em nota, o baixo número de profissionais médicos horizontalistas (que fazem as visitas hospitalares) e de profissionais fisioterapeutas. A direção afirma que o hospital enfrenta “uma crise financeira grave, o que dificulta a contratação de novos profissionais”. Presidente do hospital, Marcos Miele da Ponte informou que a Maternidade tem dois pediatras horizontalistas, mas o número mínimo é quatro. Além da crise, o hospital informou que faltam profissionais horizontalistas no mercado. O hospital também argumenta que administra a maior UTI Neonatal da Região Metropolitana de Campinas (RMC), “atendendo prematuros extremos, por ser referência para gestação de alto risco”. Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1