Testes de DNA comprovam que houve penetração vaginal no caso em que Daniel Alves é acusado de estupro. Segundo o jornal El Periódico, laudos forenses entregues pela polícia da Catalunha à Justiça de Barcelona confirmam que restos de sêmen coletados no exame de corpo de delito da vítima e em vestígios recolhidos no banheiro da discoteca são mesmo do jogador brasileiro.
Daniel já havia entregado voluntariamente uma amostra de seu DNA antes de ser preso, no dia 20 de janeiro. Então, o Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses da Espanha comparou o material genético dele a amostra de sêmen estrangeiro em quatro lugares: no chão do banheiro da discoteca, na roupa íntima do jovem, no vestido que ela entregou à perícia logo após denunciar o atleta, e em uma amostra de sua cavidade intravaginal.
Todos os testículos deram positivo. De acordo com a publicação, o último, referente à amostra colhida no corpo da vítima, também serviu para deixar claro que houve penetração e não apenas sexo oral, como Daniel alegou inicialmente. Todavia, o jornal “El Tiempo” já havia noticiado que o jogador mudou sua versão do caso pela terceira vez recentemente, quando confessou que penetrou no denunciante.
O protocolo chamado “No Callem” foi o responsável por promover a rapidez no atendimento da vítima e da coleta dos documentos. Com ele, o exame de corpo de delito foi realizado apenas algumas horas após o jovem deixar a discoteca, na madrugada de 31 de dezembro – enquanto o crime teria ocorrido na noite de 30 de dezembro. Os vestígios no interior do banheiro da boate também foram recolhidos pouco depois da denúncia.
Lembre-se do caso
Daniel Alves está preso desde o dia 20 de janeiro, na Espanha, após ser acusado de agressão sexual. Segundo a denúncia, que está na Justiça da Catalunha, uma mulher de 23 anos declarou que foi abusada sexualmente pelo jogador durante uma festa em Barcelona, em 30 de dezembro de 2022.
A juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, ordenou a prisão preventiva e sem direito a fiança do atleta. Segundo uma fonte revelou à AFP, ao determinar a prisão, a juíza levou em conta as condições financeiras do jogador, o fato de ele não ter raízes no país, e a ausência de um acordo de extradição entre Brasil e Espanha.
De acordo com o ‘El País’, a mulher não pretende receber qualquer indenização. A jovem quer apenas que se faça justiça e que Daniel Alves fique preso. Enquanto isso, as autoridades seguem investigando o ocorrido, tomando depoimentos de testemunhas, realizando a perícia do local e avaliando os exames médicos. Ele pode pegar até 12 anos de prisão caso seja condenado.
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