Líderes de partidos aliados ao governo reclamaram com Lula, em reunião na quarta-feira (2/8), no Palácio do Planalto, do tratamento dispensado a parlamentares por bancos públicos, entre eles, a Caixa Econômica.
A reclamação foi feita pelo deputado federal Felipe Carreras (PE), líder do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, durante reunião do chamado “Conselho Político de Coalizão”.
Segundo relatos, Carreras conto a Lula ter sido impedido de participar de uma reunião na Caixa com um aliado de Pernambuco, na qual tratariam da liberação de patrocínio do banco para um evento cultural.
O parlamentar reclamou que o tratamento dado pelo banco público aos parlamentares contrários ao discurso do próprio Lula de valorização da classe política em seu novo governo.
Segundo fontes da caixaCarreras procurou o banco em janeiro para intermediar o pedido de um aliado por patricínio para o espetáculo Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, no interior de Pernambuco.
O aliado designado pelo líder do PSB foi recebido por integrantes da área de marketing da Caixa. O parlamentar, contudo, teria de fato sido impedido de participar da reunião, em razão das regras de governança do banco.
Fontes da Caixa ouvidas pela coluna sob condição de anonimato dizem que a presença de políticos nesses tipos de encontro visam evitar pressão política para liberação do patrocínio.
Outro lado
Em nota oficial à coluna, a Caixa disse que “as solicitações de apoio aos projetos de patrocínio seguem as normas de governança controladas pelo banco, que zelam pela segregação de atendimento técnico e institucional”.
Segundo o banco, essas normas seguem as “melhores práticas de mercado, de acordo com os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.
Procurado pela coluna, Carreras não quis se pronunciar.