prédio em Brasília

Defesa de Bolsonaro recorre ao STF para invalidar ações no TSE

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu partido continuaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para invalidar ações que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação à reunião do ex-mandatário com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.

Na ocasião, Bolsonaro repetiu, sem provas, suspeitas já desmentidas sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro e a segurança das urnas eletrônicas. O ex-chefe do Executivo também teria utilizado o encontro para fazer propaganda eleitoral antecipada, o que rendeu uma multa de R$ 25 mil aplicada pelo TSE à campanha de Bolsonaro.

No recurso, no entanto, a defesa do ex-presidente argumentou que o político fez a reunião “na condição de chefe de Estado” e “buscando dirimir quaisquer dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral”. A declaração afastaria a tese de que Bolsonaro tenha usado o Palácio do Planalto para fins pessoais, o que poderia lhe tornar inelegível.

“É necessário repisar que a condição de candidato à reeleição não esvazie o exercício da Presidência da República, no qual Jair Messias Bolsonaro caiu até o fim de dezembro de 2022. Neste sentido, os atos que realizam na condição de chefe do Executivo encontravam-se fora do escopo da Justiça Eleitoral”, diz o documento.

O recurso ainda defende que, na reunião, “foram preparados todas as dúvidas sobre o sistema eletrônico de votação, de forma direta e às claras, para comunidade internacional”.

“É importante observar que o evento —realizado antes do período eleitoral!— foi previamente notificado, inclusive com convite endereçado ao Exmo. Presidente do C. [colendo] Tribunal Superior Eleitoral, não sendo crível que o Recorrente [Bolsonaro] convidasse um membro da própria Justiça Especializada para testemunhar um evento com conotação eleitoral em que se pretende praticar um ilícito”, argumenta a defesa.

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A equipe também alega que o TSE mudou a jurisprudência sobre o que é propaganda antecipada e, portanto, a regra só deve ser aplicada no próximo pleito.

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Os recursos ainda não foram admitidos e enviados para análise do STF. A defesa de Bolsonaro pede que as ações sejam revistas e consideradas inválidas. Se isso não ocorrer, pede que a multa não seja aplicada.

No TSE, a ação mais avançada sobre o caso é movida pelo PDT. A sigla diz que Bolsonaro teria usado a estrutura do Palácio da Alvorada para realizar uma reunião que pretendia atacar a integridade do sistema eleitoral. O PDT afirma que houve suposta prática de abuso de poder político e de uso indevido dos meios de comunicação.

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Fonte Metropoles

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