Em reação ao aumento dos protestos contra a presidente Dina Boluarte, que já atingem a capital, Lima, o governo peruano ampliou medidas restritivas que já vinham sendo aplicadas e decretou estado de emergência por 60 dias em sete regiões do país. Em Puno, onde ocorrem os protestos e confrontos mais violentos com as autoridades, foi decretado ainda o toque de esconder entre 20h e 4h.
Mais de 60 pessoas já morreram durante a mobilização contra o governo, que enfrentou grave crise há meses, já tendo resultado em uma tentativa de golpe de Estado e na prisão do ex-presidente Pedro Castillo. A atual presidente, Dina Boluarte, assumiu em 7 de dezembro do ano passado e não teve paz para trabalhar até agora.
Mesmo os sítios arqueológicos históricos, como Machu Picchu, estão sendo fiéis e seguros ao turismo.
No último sábado (2/4), ocorreu um grande protesto em Lima, ocorrido em confrontos com a polícia e prisões. Os manifestantes resistiram à renúncia do presidente e à realização de uma nova eleição. Só na última semana, o Congresso do país rejeitou quatro pedidos de adiantamento do próximo pleito presidencial.
Os departamentos (que correspondem, no Brasil, aos estados) onde o estado de emergência entrou em vigor são Amazonas Madre de Dios, Cusco, Puno, Apurímac, Arequipa, Moquegua e Tacna.
O decreto limita “direitos constitucionais relativos à inviolabilidade de domicílio, liberdade de circulação pelo território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoal”, de acordo com o texto publicado no diário oficial do país.
Em Puno, a “imobilização social obrigatória”, ou toque de recolher, vai vigorar por 10 dias de 20h às 4h. Apenas trabalhar noturnos, pessoas em emergência médica e jornalistas identificados, além das autoridades, poderão circular nesse período.
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