Amer Salhah conta que tem mãe, irmã, avós e primos no país, mas que nenhum deles se feriu; imagens de destruição na cidade natal ganharam o gerente de vendas impactado. Imigrante relata preocupação com parentes na área do Oriente Médio atingida pelo terremoto O terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia e o noroeste da Síria e matou mais de 3 mil pessoas reverbera em todo o mundo. Em Campinas (SP), o gerente de vendas sírio Amer Salhah sofre com as notícias, fotos e vídeos da destruição em sua cidade natal, Latakia. Morando no Brasil há sete anos depois de fugir ainda adolescente da guerra, ele tem mãe, irmã, avós e primos no país. Por sorte, nenhum deles se feriu. “Graças a Deus estão bem, não atingiram nada.” Com dificuldades de comunicação, consegui falar apenas uma vez com a irmã. Mas o alívio inicial pelo contato logo foi superado pela dor e angústia de saber o sofrimento de tantas outras famílias no país. “Do jeito que estava vendo no celular, eu não acreditoi. Eu vi até bairros da minha cidade [Latakia], prédios que eu vi antes, caindo. Não tava acreditando. O povo sírio já passou por guerra, tá passando por fome, crise econômica, teve uma pandemia, e agora acabou de acontecer um terremoto”, lamentou. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o tremor foi tão forte quanto um registrado no país em 1939 e que vitimou mais de 30 mil pessoas. Na Turquia, 2.300 morreram, segundo o último balanço do governo; na Síria, foram 1.444, segundo a agência de notícias Reuters. Amer Salhah, imigrante sírio que mora em Campinas (SP ), fala sobre família no país após o terremoto devastador desta segunda (6) Toni Mendes/EPTV Cidade natal atingida Amer é de Latakia, que fica no Noroeste da Síria, próximo do Mar Mediterrâneo. descido às ruas depois do forte tremor. Em sua cidade há notícias da queda de pelo menos 40 prédios, mas ficou sabendo de apenas um próximo de onde sua família mora. “Consegui falar, mas foi 4h da manhã. Só tem energia 1 hora por dia, e era o único jeito de saber se estava bem. Elas acabaram descendo para as ruas, chovia bastante, estava bem frio. Acabaram fugindo para a casa dos meus avós, que fica a 20 milhas de Latakia”, explicou. Amer aproveitou a ocasião para clamar por ajuda ao povo sírio neste momento. “Peço muito que compartilhar, [façam] doações de qualquer coisa para lá, para o povo conseguir viver, recuperar das guerras, da pandemia…” Escombros de edifício em Alepo, na Síria, após terremoto que atingiu o país em 6 de fevereiro de 2023 Firas Makdesi/Reuters VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1