Você já viu um filhote de seriema?

Campinas e Região



O observador de aves Wilmar Carrilho da Silva teve esta oportunidade em Bonito (MS). Mamãe seriema com seu filhote. Wilmar Carrilho Durante um passeio em Bonito (MS), cidade turística muito conhecida pelas belezas naturais como os rios de águas translúcidas, o advogado e fotógrafo Wilmar Carrilho da Silva, morador da capital do estado, Campo Grande, teve um encontro inédito. “Era de manhã e eu estava fugindo com a minha esposa Ana Eloisa dentro de um condomínio na área urbana do município, quando vi o casal de seriemas com seu filhote. Apesar de ser comum ver a espécie nas cidades, eu nunca tive a sorte de ver o filhote”, conta o funcionário público estadual. Você já viu um filhote de seriema? Ele diz que “passarinha” desde 2015, mas que esse foi um dos seus registros mais emocionantes. “Há oito anos troquei o hobby de pintar telas em óleo pela observação de aves e esse foi um dos flagrantes que mais gostei. Vê-lo ali tão perto e estar com a máquina, que já virou uma extensão do braço, pois sempre está comigo e poder registrar aquele momento mágico foi demais. É um privilégio”, descreve. Carrilho diz que viaja muito a trabalho ou a passeio e que sempre vai passarinhando, pois observar aves lhe traz um apego à natureza. “Além do Mato Grosso do Sul, já passarinhei em São Paulo, Minas Gerais e Goiás, mas quero mais. Passarinhar me faz refletir sobre as belezas das aves e paisagens que temos à nossa volta e que para muitos passam despercebidas. Com as imagens capturadas levo a natureza às pessoas, despertando a curiosidade e as emoções por essas aves”, conclui. Os adultos da espécie são bastante encontrados nas cidades, mas os filhotes são difíceis de serem vistos. Wilmar Carrilho A espécie O nome da ave derivada do tupi e quer dizer “crista levantada”. A espécie, que atinge uma altura média de 70 centímetros, podendo chegar a 90 centímetros de comprimento e pesar até 1,4 quilo, ocorre nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e nos estados nortenhos de Tocantins, Pará e Roraima. Também é encontrado na Argentina e Bolívia e no Paraguai e Uruguai. É comum em Cerrados, campos sujos e pastagens, sendo beneficiada pelo desmatamento. Vive aos pares ou em pequenos bandos. Correndo chega a atingir mais de 50 km/h. Tem hábitos terrestres, mas sobe no alto das árvores para dormir. Possui um canto bem marcante, que pode ser ouvido a mais de um quilômetro, pois são gritos altos e longos, podendo durar vários minutos. A espécie “faz jus” ao nome, pois realmente ostenta uma bela crista. Wilmar Carrilho Come desde vermes, insetos e frutos, até pequenos vertebrados como roedores répteis, anfíbios e até outras espécies de aves, incluindo os ovos. Mata as presas com o bico, uma vez que os dedos são relativamente pequenos e sem garras. Na reprodução faz o ninho a cerca de cinco metros do solo. Põe dois ovos e o casal se dividem para chocá-los, período que dura de 24 a 30 dias. O filhote nasce com uma penugem amarronzada, fina e longa na cabeça. Depois de duas semanas, abandona o ninho com os pais, levando cerca de quatro a cinco meses para adquirir a plumagem de adulto, obtendo um cinza-amarelado com finas riscas escuras, sendo o abdômen um pouco mais claro que o restante do corpo e bico pernas avermelhadas. O porte dos jovens pode ser igual aos adultos e, para diferenciá-los, a cor dos olhos é uma das melhores maneiras. Nos adultos, os olhos são acinzentados, enquanto nos jovens, são amarelados, podendo a cor do bico ser em tom mais escuro.

Fonte G1

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