Dados do Caged mostram o fechamento de 4,3 mil vagas no último mês do ano, principalmente no setor de serviços, com o fechamento de contratos de mão de obra terceirizada. Carteira de Trabalho. Reprodução/Internet O emprego formal em Campinas (SP) sofreu uma forte retração em dezembro, com fechamento de 4.386 postos formais. Mas, apesar dos números negativos, a metrópole fechou 2022 com saldo positivo de 14.642 vagas criadas. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (31). Na avaliação da economista Eliane Navarro Rosandiski, do Observatório PUC-Campinas, as demissões são coerentes com o cenário de reflexão, onde a “recuperação” foi pautada pela baixa renda e aumento do endividamento das famílias, sem gerar um efeito positivo para a economia. Entre os cortes, o maior volume foi no setor de serviços (4.032). Segundo os economistas, a parcela maior entre a alocação de mão de obra terceirizada. “A sazonalidade é esperada, e a maior intensidade foi, como seria de esperar, no trabalho temporário e flexível”, pontua. Se fechados muitos postos em dezembro, os números consolidados do ano mostram a criação de postos em todos os setores, com grande força em serviços, comércio e indústria. O saldo de 14.642 vagas, no entanto, representa uma redução de 34,3% em relação ao ano anterior, quando foram criados 22.318 postos formais. Ao avaliar os dados consolidados de 2022, Eliane Rosandiski destacou que sempre “o saldo positivo é um bom sinal”, mas que é preciso ações políticas para promover mudanças e solidificar um crescimento. “Novas orientações podem reverter o cenário de ingresso. Políticas que buscam principalmente o controle da herança, a redução de individualidade e as estratégias de geração de trabalho e renda”, explica. A professora e economista Eliane Navarro Rosandiski durante entrevista à EPTV Vaner Santos/EPTV VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1