Dois anos após ser encontrado acorrentado em barril, menino aguarda adoção em abrigo de Campinas

Campinas e Região



Criança, que na época tinha 11 anos, foi salva por policiais militares após denúncia. Pai do garoto, madrasta e filha dela foram condenados a 8 anos de prisão; relembre. Criança foi resgatada de dentro de barril da Polícia Militar Após dois anos, o jovem encontrado acorrentado a um barril em Campinas (SP) segue em um abrigo para menores de idade. O menino tinha 11 anos na época em que o caso, que ganhou repercussão nacional, foi revelado. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O Ministério Público (MP) informou nesta segunda-feira (30), que o menino está apto para adoção e “recebendo acompanhamento psicológico desde o dia em que foi resgatado”. Já o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) comunicou apenas que o processo corre em segredo. “Por isso, não temos nenhuma informação disponível”. Em dezembro de 2021, a Justiça condenou o pai do jovem, a madrasta dele e uma filha dela a oito anos de prisão pelo caso. Criança foi mantida amarrada em barril pelo pai em Campinas Reprodução/Rede Globo O caso completo dois anos no mesmo dia em que outra situação de violência contra criança foi revelada em Campinas. A Guarda Municipal localizou, na noite de domingo(29), três crianças sozinhas em uma casa suja e sem comida na Vila Vitória. Criança acorrentada A criança foi resgatada por policiais militares em 30 de janeiro, após denúncias de vizinhos. Os agentes de segurança informaram que o menino foi alimentado com cascas de frutas. O menino estava nu, dentro de um tambor de metal fechado com uma telha e uma pia de mármore para evitar que ele saísse. O vídeo do momento em que ele é encontrado mostra que a criança mal conseguia se mexer quando foi encontrada. Ele tinha a cintura, pés e mãos acorrentadas. O menino estava há quase cinco dias sem comer, segundo a polícia. A Polícia Civil afirmou que ele estava acorrentado dentro do barril há um mês, quando foi retirado pelos militares. Após deixar a casa, o menino foi socorrido até o Hospital Ouro Verde e, posteriormente, transferido para o Hospital Mário Gatti, sob tutela da tia. Após receber alta, ele foi levado para uma casa de acolhimento. Em 1º de fevereiro, o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), fez uma reunião e planos um relatório para entender até que ponto órgãos ligados à prefeitura, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Centro de Referência da Assistência Social ( Cras), além do Conselho Tutelar, sabia da situação. Móveis e objetos diversos foram depredados na residência em que menino de 11 anos sofria tortura, em Campinas (SP) Wagner Souza/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo O documento apresentou que o menino foi atendido “várias vezes” na rede desde setembro de 2019. Depois da chegada do relatório, a administração decidiu abrir uma investigação, por meio da Secretaria de Justiça. Já em maio, a prefeitura informou que concluiu a investigação sobre “eventuais falhas e omissões” dos serviços municipais, além de entidades conveniadas. A administração municipal, entretanto, não emitiu o resultado da apuração. O Conselho Tutelar Sul de Campinas (SP) discordou, também em 1º de fevereiro daquele ano, que tinha conhecimento da tortura sofrida pelo menino de 11 anos. Segundo o órgão, a família era seguida há pelo menos um ano e monitorada quanto à situação de vulnerabilidade social. VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte G1

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