À frente de Belo Horizonte, Fuad Noman foi o primeiro prefeito de capital a debelar manifestações violentas de cunho golpista. Aos 75 anos e em seu primeiro mandato, acionou a Justiça para desbloquear uma das avenidas mais importantes da cidade. Quando um juiz de primeira instância derrubou a autorização para retirar bolsonaristas extremistas da via, recorreu ao STF.
A decisão de Alexandre de Moraes foi favorável a Noman. E obrigou o governador Romeu Zema e a PM-MG a auxiliarem a prefeitura na liberação da avenida. Era 7 de janeiro. Um dia depois, a imagem do país seria arranhada pela barbárie em Brasília. Fruto da inércia e ineficácia do poder público.
Vídeo mostra o momento em que manifestantes atacaram jornalistas que mostravam o bloqueio da avenida em BH. Prefeito atribuiu a JustiçaReprodução/Twitter
A Polícia Militar chegou um tempo depois para conter a confusãoReprodução/Twitter
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O pulso firme do prefeito de BH lhe rendeu ameaças. Em mensagens nas redes sociais e no WhatsApp, bolsonaristas extremistas ameaçaram ir à porta da casa de Noman. O prefeito não recuou.
“Não tenho medo. Tive que intervir. Fiz o que manda a lei e a Constituição Federal. Admitimos manifestações, mas não as violentas. Pessoas extremistas, que atuam em desacordo com a Constituição, idade de forma absurda”, disse Noman à coluna.
“Em seguida, o governo federal e o STF fortaleceram a posição que havíamos adotado em Belo Horizonte. O Brasil é um país pacífico. Não é de violência. O que aconteceu foi fora da curva. Quem errou vai pagar. E quem fez o correto continuar fazendo o correto. Estou tranquilo”, completou, ressaltando que a cidade retomou o clima de normalidade. — Eixo Político (@eixopolitico) 6 de janeiro de 2023
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