Ex-presidente dos Correios diz que militares que participaram do dia 01/08

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O ex-presidente dos Correios-geral Juarez Aparecido de Paula Cunha afirmou em uma rede social, nesta segunda-feira (23/1), que os militares que participaram do ato terrorista do dia 8 de janeiro serão “punidos”. O militar, no entanto, salientou que o governo federal não deve “interferir” no processo.

“Sobre a participação de militar nos atos de 08/01: obrigatório ser manifestado aos processos disciplinares e punidos conforme normas disciplinares ou legais. Entretanto, não cabe ao governo interferir nesse processo. Já tivemos muita ingerência política no governo anterior”, disse Cunha.

Nos últimos dias, o general vem se manifestando sobre os últimos acontecimentos. Juarez foi presidente da Empresa de Correios e Telégrafos nos primeiros seis meses do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, ele foi demitido pelo ex-mandatário sob a justificativa de que o militar “se comportava como um sindicalista”.

No domingo (22/1), Juarez reafirmou o papel das Forças Armadas com o estado. “Amigos militares! Hora de reajustar o dispositivo e recompor as forças. Disciplina é o nosso farol, a constituição o guia, o respeito aos nossos chefes garante o sucesso na missão. Somos instituição de Estado, não partidária, não tolerada às turbulências da política partidária”, disse.

Militares nº 8/1

A participação direta ou indireta dos militares no ato terrorista do dia 8 de janeiro tem sido uma grande preocupação e motivo de cobranças para o Exército Brasileiro.

De acordo com as considerações, há aparências de que além de participarem, alguns integrantes foram coniventes com os criminosos. No dia, terroristas bolsonaristas destruíram os prédios dos Três Poderes: o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.

Na sexta-feira (20/1), após reunião com comandantes das Forças Armadas e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Defesa, José Múcio, reafirmou o compromisso de encontrar e punir os envolvidos.

“Os militares estão cientes e concordam que vamos tomar providências. Evidentemente, no calor da emoção, a gente precisa ter cuidado para que as emoções sejam justas, para que as penas sejam justas. Tudo será providenciado em seu tempo. Entendo que não houve envolvimento direto das Forças Armadas. Se algum elemento, convidado, teve participação, ele vai responder como cidadão”, disse Múcio.

Questionado se é possível garantir que as Forças Armadas cumpram seu papel em caso de um ataque semelhante às sedes dos Três Poderes, o ministro respondeu: “Não tem a menor dúvida de que outro é aquele [ataque] não vai acontecer, até porque as Forças Armadas irão se antecipar”.



Fonte Metropoles

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