O caso do desaparecimento de 10 pessoas de uma mesma família tomou rumores, nesta quinta-feira (19/1), que reforçam a linha de investigação em que os três presos até agora cometeram os assassinatos para pegar parte do dinheiro das vítimas. Houve a confirmação da identidade de cinco vítimas, além da descoberta de grandes valores nas contas dos suspeitos.
Entre os cadáveres que já foram identificados estão o de Elizamar da Silva, 39 anos, e os três filhos dela: Gabriel, 7, Rafael, 6, e Rafaela, 6. O trabalho, iniciado no fim de semana, foi concluído pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) após checagem de material genético e arcada dentária dos corpos carbonizados.
Outra vítima confirmada é Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54 anos, sogro de Elizamar. O corpo foi localizado no cativeiro em que Renata Juliene Belchior, 52, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25, mulher e filha de Marcos Antônio, respectivamente, tiveram sido mantidos reféns.
Apesar desses avanços, a Polícia Civil do DF (PCDF) ainda busca possíveis novos corpos dos ainda desaparecidos Thiago Belchior, 30, esposo de Elizamar e da ex-esposa de Marcos Antônio, Cláudia Regina Marques de Oliveira, além filha dela, Ana Beatriz Marques de Oliveira.
Durante a manhã, as buscas se concentraram em uma chácara e à tarde os cães farejadores foram deslocados até um lixão no Vale do Amanhecer. Em ambos os locais não houve sucesso em localizar qualquer vítima.
Manutenção das prisões
Fabricio Silva Canhedo, 34 anos, Gideon Batista de Menezes, 55, e Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49, presos em flagrante, na segunda (16/1) e na terça-feira (17/1), tiveram a prisão em flagrante em prevenção nessa quinta (19/1), após audiência de custódia.
segundo a juíza Lorena Alves Ocampos, a prisão preventiva dos autuados é necessária para o resguardo da ordem pública. “O modo de operação adotou na execução do delito retratar, em concreto, a periculosidade dos autores do fato. Trata-se de fato extremamente grave, emoções contra diversas pessoas de uma mesma família. A descrição é que o crime foi motivado por dinheiro, seis corpos foram encontrados carbonizados e os apresentados agiram de forma associada”, começou a magistrada.
“Portanto, levando em consideração os delitos graves, que extrapolam uma gravidade meramente abstrata, e os delitos ocorridos – múltiplas vítimas, extorsão mediante sequestro, ocultação de cadáver e associação criminosa, determino a prisão preventiva de todos os envolvidos”, finalizou.
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À polícia Fabrício revelou, em depoimento, que vigiou a Renata e Gabriel, sogra e a cunhada da cabeleireira Elizamar, em um cativeiro na cidade de Planaltina (DF) por duas semanas. Elas ficavam vendidas e amarradas. O vendedor teria dito, ainda, que foi convidado por Gideon Batista, 55, outro preso, para que ajudasse no sequestro das mulheres em troca de R$ 2 mil, durante as duas semanas.
Segundo o homem, Gideon teria dito a ele que o chefe do plano criminoso era Marcos Antônio Lopes de Oliveira, o sogro de Elizamar, e pagaria R$ 100 mil pelo sequestro — o dinheiro seria dividido entre os participantes do esquema.
Gideon foi o primeiro a ser detido pela polícia, na terça-feira (17/1). Em depoimento, ele teria dito que morava em Ceilândia e vigiado para Marcos, no Recanto das Emas, mesmo local onde o suspeito foi encontrado. No momento da prisão, a polícia percebeu que ele tinha os braços e as mãos queimadas.
Assim como os outros comparsas, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, 49, também teve uma prisão em flagrante realizada em prevenção nessa quinta. O homem teria participado do sequestro e do assassinato de 6 membros da mesma família, segundo contorno à PCDF.
Conforme informado pela PCDF, os três suspeitos responderão por sequestro, ocultação de cadáver e associação criminosa.