Uma indiana de 8 anos renunciou a uma herança de US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) e entrou para uma ordem religiosa estrita da fé jainista, que prega a não-violência, vegetarianismo e amor por todas as criaturas. Devanshi Sanghvi herdaria o negócio de joias Sanghvi and Sons, em Surat, conhecida localmente como “cidade do diamante”, sendo referência no comércio global de pedras preciosas.
Segundo o The Guardian, nesta semana ela foi homenageada em uma cerimônia de quatro dias para anunciar sua nova “vocação”. No evento, Devanshi andou em uma carruagem puxada por um elefante até o templo, onde trocou suas roupas vestimentas por uma vestimenta simples de algodão branco e raspou todo o cabelo, desistindo dos “prazeres mundanos”.
Uma pessoa próxima à família da criança conto ao veículo britânico que Devanshi nunca assistiu a televisão, filmes ou frequentou shoppings e restaurantes, destacando que ela possuia presença regular nas cerimônias do templo. A indiana é uma das pessoas mais jovens a realizar uma cerimônia “diksha”, para abandonar suas posses materiais e entrar nas ordens religiosas jainistas. Sua devoção seria tão grande que, conforme a mídia local, ela estaria ansiosa para se tornar freira.
O jainismo foi fundado na Índia no século VI, antes da era cristã. Ainda de acordo com a publicação, a religião conta com mais de 4 milhões de seguidores em seu país de origem, sendo muitos deles – como a família de Devanshi – de comunidades comerciais ricas. Os fiéis seguem uma dieta vegetariana estrita e alguns monges e monjas chegam a tampar a boca com tecido para não engulirem insetos acidentalmente. Por conta da tradição de jejuns extremos, a crença é alvo de várias críticas de ativistas ao redor do mundo.
Em 2013, uma menina de 13 anos faleceu por conta de uma dieta radical. Kumari Aradhana foi incubida pelos pais de não comer nada por dois meses para trazer sorte à família durante o período de chaturmas, sagrado para muitas pessoas no país. Ela só bebe água morna duas vezes ao dia, segundo o Daily Mail. Seus pais foram acusados pela polícia de homicídio culpado e foram alvo de indignação pública.
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