Dados do Cepagri mostram que a cidade já registrou 283 mm, enquanto o esperado para todo o mês é 277,6 mm. Campinas chuvosa em janeiro Reprodução/EPTV Com alerta de temporais durante a semana, janeiro de 2023 entra no páreo para ser um dos mais chuvosos dos últimos anos em Campinas (SP). Dados do Cepagri da Unicamp mostram que o acumulado dos primeiros 18 dias (283 mm) já foi suficiente para superar a média histórica de 277,6 mm. Segundo a meteorologista Ana Ávila, é difícil estimar o quanto ainda pode chover na cidade em janeiro, já que há uma variação entre os pontos que ela atinge. Mas a espera é por chuvas volumosas até o final do mês. Dados da série histórica do Cepagri, com início em 1991, apontam como recorde para o mês os 488,97 milímetros registrados em 2007. Em 2022 a cidade também superou a média prevista, mas vinha de quatro anos com valores abaixo – veja o gráfico abaixo. Estragos do temporal O forte temporal em Campinas (SP) na tarde de terça (17), que alagou ruas e imóveis da metrópole e arrastou uma mulher e um motociclista, ainda provocou transtornos nesta quarta (18). De acordo com a Defesa Civil, com base na medição do Instituto Agronômico (IAC), foram registradas pelo menos 100 quedas de árvores durante a chuva. O volume de precipitação foi de 70,8 mm em uma hora, com ventos de 37 km/h. Veja o balanço total: 100 quedas de árvores 15 alagamentos de imóveis Duas erosões em via Cinco quedas de muro Quatro almofadas Temporal em Campinas provoca alagamentos, quedas de árvores e transtornos Por conta do temporal, Campinas entrou em estado de atenção para chuvas. O acumulado dos últimos três dias é de 143,1 mm, segundo a Defesa Civil estadual. Entenda cada nível de alerta. As quedas de árvore acontecem em todas as regiões da cidade, inclusive no Centro. O Departamento de Parques e Jardins fará uma retirada nesta quarta-feira. Alguns pontos também ficaram completamente sem energia. Não há registros de desabrigados. A CPFL informou, em nota, que o fornecimento já foi normalizado para “a maioria dos clientes”. Por conta da complexidade de parte dos danos, o trabalho de reparo vai continuar ao longo do dia. Defesa Civil estadual Segundo o boletim divulgado pelo órgão no final da tarde desta quarta-feira (18), Campinas, Artur Nogueira e Cordeirópolis estiveram em estado de atenção para as chuvas. Socorro, que registrou estragos após um temporal sem precedentes em 2 de janeiro, segue em alerta. O estado de atenção ocorre quando um município supera os 80 mm de chuva em três dias (72 horas). A partir deste indicador há risco de saturação do solo, o que pode gerar calças de terra, quedas de muros, além de eventual inundação. Artur Nogueira – 103,8 mm em 72 horas Campinas – 143,1 mm em 72 horas Cordeirópolis – 80,0 mm em 72 horas Socorro – 55,6 mm em 72 horas VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1