O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, avançou 2% nesta terça-feira (17/1), aos 111.439 pontos. A alta de hoje quebra uma sequência de três pregões na baixa do mercado.
Os investidores protegeram bem a falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Em discurso, Haddad reiterou que deve encaminhar ao Congresso até abril uma proposta de novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos.
Além disso, Haddad destacou que deve propor a reversão de algumas decisões tomadas “sem nenhum amparo técnico” durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Haddad não exemplificou quais.
“Temos a oportunidade de transformar essa herança que recebeu do governo anterior, uma irresponsabilidade, medidas tomadas sem nenhum amparo técnico”, afirmou Haddad.
O ministro disse que o novo arcabouço fiscal e uma agenda de reformas, que gostava pela reforma tributária, poderia conduzir o Brasil a um crescimento acima da média mundial.
As falas agradaram aos investidores e impactaram positivamente ações de empresas controladas pelo governo. A Petrobras subiu 7% na Bolsa e o Banco do Brasil avançou 5% no dia.
As ações da Americanas, que registraram queda de 80% desde que o rombo de R$ 20 bilhões no balanço do contador foi anunciado, tiveram queda de mais 2% nesta terça-feira.
dólar
O dólar encerrou a sessão de hoje em queda de quase 1%, cotado a R$ 5,10. Além do otimismo interno, o dia foi propício para o fluxo de investimentos em economias emergentes.
Isso porque o PIB da China surpreendeu e veio acima da expectativa do mercado. A economia chinesa cresceu 2,9% no quarto trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Embora tenha representado uma desaceleração em relação ao terceiro trimestre (que teve crescimento de 3,9%), o PIB da China superou as expectativas do mercado. O consenso Refinitiv apontava para uma expansão de 1,8% da economia chinesa no período.