Forbes, Turma da Mônica, eventos: o que mudou na vida de jovem brasileira premiada por descobrir asteroides pela Nasa

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Verena Paccola, de 23 anos, ganhou destaque na revista de economia mais importante do planeta após a premiação em 2022. ‘Choque positivo’, diz aluna de medicina da USP em Ribeirão Preto (SP). Verena Paccola, estudante de medicina da USP em Ribeirão Preto (SP), com medalha de premiação em 2021 Divulgação/Redes sociais “Acho que vivi por umas 30 pessoas sendo apenas uma em 2022”. O relato é da estudante brasileira Verena Paccola, de 23 anos, que foi premiada no final de 2021 por descobrir 25 asteroides em um projeto da Nasa, uma agência espacial dos Estados Unidos. A descoberta da jovem, que cursa o terceiro ano de medicina na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP), permitiu que um dos corpos pudesse se chocar com a Terra. (veja abaixo) Após o feito, ela recebeu outros prêmios e personagem virou da Turma da até Mônica. Mais recentemente, ganhou destaque na lista da Forbes Under 30, elaborada pela revista de economia mais importante do mundo. A classificação reúne jovens com menos de 30 anos que se destacaram em diferentes segmentos. Ao g1, um estudante conta como tem sido a nova rotina e revela o que pretende para o futuro. Texto inicial do plugin Da vida real para os quadrinhos Em fevereiro de 2022, a futura médica foi anunciada como uma das personagens da iniciativa “As Donas da Rua”, da Turma da Mônica. O projeto aborda histórias de mulheres inspiradas e já homenageou nomes como a pintora Tarsila do Amaral, a escritora Clarice Lispector e a ativista paquistanesa Malala Yousafzai. “Foi muito legal, principalmente para alcançar uma faixa etária mais nova. Eu aprendi a ler com a Turma da Mônica. Talvez tenha sido o momento em que eu fiquei mais emocionada nesse último ano”, diz Verena. Já em novembro de 2022, Verena recebeu outra homenagem: foi eleita Jovem Inspiração do Ano em um evento na Usina Hidrelétrica de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Verena Paccola, estudante de medicina em Ribeirão Preto (SP), virou personagem da Turma da Mônica Divulgação/Turma da Mônica Reconhecimento A última edição da Forbes Under 30, lançada na final do ano passado, trouxe Verena como um dos destaques da categoria Ciência e Educação. Ao todo, a revista premiou 90 pessoas em 15 seções diferentes. Segundo a publicação, os candidatos são avaliados de acordo com uma série de critérios, como criatividade, ineditismo e benefícios sociais. Para um estudante, o reconhecimento vai muito além de uma conquista pessoal. “Foi um choque, mas um choque positivo. Minha trajetória é baseada em ser uma representante da mulher na ciência e trazer as meninas para a ciência. E ter esse título me ajuda a ter tudo isso. O caminho da equidade de gênero, na ciência , ainda é muito longo, mas quero estar diariamente nessa luta”, destaca. A jovem afirma que recebeu a notícia de que seria premiada em 16 de dezembro, uma sexta-feira. Como teria que embarcar para o Rio de Janeiro (RJ), onde gravaria participação no Domingão com Huck, da TV Globo, teve que traçar um plano às pressas. “Eles [Forbes] precisom fazer minha foto para a revista até a quarta-feira seguinte [21 de dezembro], só que estaria no Rio. Tive que arrumar tudo para fazer as fotos dia 17. Na manhã do dia seguinte fui para São Paulo, fiz as fotos, voltei [a Ribeirão Preto] e depois fui para o Rio”, lembra. Nova rotina A universitária conta que, no ano passado, praticamente participava de um evento a cada semana. Isso fez com que ela tivesse que rever a rotina, mas sem deixar de lado os compromissos com os estudos. “Não é nada fácil conciliar, até porque o ano passado eu estava no segundo ano da faculdade, o mais difícil. Treinava futsal, mas tive que abrir mão de algumas coisas para conseguir atender aos eventos. Minha prioridade sempre foi a faculdade, e deixei isso claro na cabeça”, explica. Verena tem mais três anos de assumiu pela frente. A jovem, que já é técnica em enfermagem, quer ser neurocirurgiã. . “Desde que me formei em técnica em enfermagem, quero ser neurocirurgiã, mas agora não tenho 100% de certeza. Também estou gostando da área de comunicação e da medicina especial, pois todo mundo vem me perguntar sobre isso e tenho aprendido cada vez mais (risos)”, pontua. Verena Paccola, estudante que descobriu asteroides pela Nasa, seguro prêmio de Jovem Inspiração de 2022 Divulgação/Arquivo pessoal A descoberta Em 2020, Verena estudava para o vestibular de medicina em casa, em Indaiatuba (SP), mas queria achar um hobby em meio à pressão pela faculdade. Foi aí que decidiu se inscrever no treinamento da Nasa que havia visto na internet. Logo depois, seus relatórios indicaram uma margem do que poderiam ser asteroides. Em seguida, a Nasa confirmou que um estudante descobriu ao menos 25 corpos. Um deles, chamado “asteroide fraco”, é o que pode se chocar com a Terra A história da jovem é próxima com a da dupla de astros do filme “Não olhar para cima” (2021), da Netflix. No entanto, na ficção, os cientistas americanos lutam. pa ra alertar as autoridades após a descoberta. Na vida real, o caso é acompanhado, mas ainda sem dados para a possível colisão. Por causa da descoberta há três anos, Verena recebeu, em dezembro de 2021, um troféu em Brasília (DF). A honraria foi concedida pelo coordenador do programa “Caça Asteroides”, da Nasa, e pelo então ministro Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovação. Verena Paccola, estudante de medicina da USP de Ribeirão Preto (SP), e apaixonada por astronomia Arquivo Pessoal Homenagem a ser feita O desejo de Verena é batizar dois asteroides com os nomes de sua mãe, Nathalia Paccola, e da avó, Rochelle Paccola, suas principais incentivadoras. Ela só deve conseguir a documentação daqui a quatro anos. Enquanto isso não acontece, um estudante quer alcançar novas conquistas e seguir inspirando as próximas gerações. “Percebi a responsabilidade que tenho em minhas mãos e, desde então, passei a focar nisso. Sempre agradeço por essas mudanças: um dia assistir ao Luciano Huck na TV com a minha avó, e no outro falar com o Luciano Huck sobre a minha avó . É muito louco pensar nisso”, conclui. Verena e a avó Rochelle em Ribeirão Preto (SP) Divulgação/Arquivo Pessoal Veja mais notícias do g1 Ribeirão Preto, Franca e região VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Fonte G1

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