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Mônica Martelli revela ter sido estuprada aos 14 anos e gravar o episódio: “Foi essa luta corporal”; assistência

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Mônica Martelli foi convidada do “Quem Pode, Pod” desta semana e se abriu sobre um estupro que sofreu quando ainda era adolescente. A atriz falou sobre suas primeiras experiências sexuais quando gravou o episódio, que aconteceu aos 14 anos. A artista, de 54 anos, explicou como só se deu conta disso recentemente.

Mônica permitiu que, para a mentalidade da época, alguns toques sem consentimento eram “naturalizados” quando as mulheres se envolviam com homens. “Eu tinha 14 anos e não era fácil. A questão é a seguinte: Eu sou de uma época em que você ter uma luta corporal com o menino era normal. Em que sentido? Você beijava o menino, ele vinha com a mão no peito. Você tirava a mão no peito, ia com a mão na bunda. Então você passa a noite beijando e na luta corporal, entendeu? E isso era uma coisa normal”ela iniciou.

Mônica Martelli se abriu sobre o que viveu aos 14 anos. (Foto: Reprodução/YouTube)

“Aí, a minha primeira transa foi assim. Era um menino que eu era apaixonada, surfista, de Macaé […] Aí a primeira transa foi assim, foi essa luta corporal, mesmo eu sendo apaixonada. E quando a gente estava falando sobre estupro, porque na minha cabeça, na minha geração, o que é estupro? Um beco escuro, um cara com capuz e uma faca”acrescentou.

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Foi pouco tempo atrás que Martelli processou que, na verdade, havia sofrido uma violência. “Quando eu entendi, e nós [sociedade] entendemos de pouco tempo para cá, que teve essa conscientização maior, que estupro é simplesmente você não querer, se você fala ‘não’ e ele forçar é estupro, ali eu falei: então eu fui estuprada. Não queria, foi essa luta corporal. Acabou que rolou, foi legal, eu era apaixonada pela cara, mas eu não queria. Não queria aquele dia, aquele lugar”completou a atriz.

Apesar de ter gostado num lar feminista, em que sua mãe lia Simone de Beauvoir até para ela, a sociedade ainda normalizava tais comportamentos. [Tive consciência disso] pouco tempo atrás, dessa tomada de consciência que a gente teve, desse novo feminismo. […] Mesmo sendo filha de uma mãe feminista, essa nova conscientização que veio com esse novo feminismo – que consumiu muitas mulheres, com as redes sociais, que ajudaram também – isso veio muito forte, veio há pouco tempo. Porque mesmo assim, era naturalizado esse tipo de comportamento”pontudo.

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“A gente passou por isso, a gente nem comentava com amigo. Era natural. Você nem falou. Era tão naturalizado, que quando veio toda essa discussão eu falei: ué, eu lutei muito ali, então eu fui estuprada. Ó que coisa louca”, encerrou. Mônica ainda enfatizou a importância dessa conscientização, e explicou como educa as filhas para não tolerarem e sempre reportarem quaisquer toques inapropriados.

Assista ao vídeo abaixo:


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Fonte CNN

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