O CFO e vice-presidente de relações com investidores do Grupo Pão de AçúcarGuillaume Gras, afirmou, durante uma conferência com analistas realizada na terça-feira (10/1), que a companhia pretende zerar sua dívida líquida até 2024.
“Estamos olhando para uma dessalavancagem gradual do Grupo Pão de Açúcar. Nosso objetivo é alcançar uma dívida líquida próxima de R$ 1 bilhão em 2023 e zerá-la em 2024”, afirmou Gras.
A dívida líquida do Grupo Pão de Açúcar, que era de R$ 3,9 bilhões no terceiro trimestre, ficou em cerca de R$ 2 bilhões no fim do ano passado. O principal concorrente, Carrefour, registrou R$ 13,2 bilhões de dívida líquida no mesmo período.
Uma das estratégias previstas para zerar a dívida em dois anos é vender ativos não estratégicos da operação, como propriedades imobiliárias e postos de combustíveis. Esses ativos correspondem a cerca de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão.
No início da semana, o Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar registrou uma redução de seu capital social em R$ 7,1 bilhões, por meio da entrega de 1 bilhão de ações ordinárias do Grupo Éxito, sua unidade na Colômbia, como parte do processo de decisão entre as duas empresas. Essas ações representam 86% da participação do grupo brasileiro no ativo.
Com isso, o Grupo Pão de Açúcar permanecerá com uma participação remanescente de 13,3% na operação, enquanto o Casino (seu controlador) terá 34,1%.
A proposta ainda tem de passar pela aprovação dos acionistas do Grupo Pão de Açúcar em assembleia programada para o dia 14 de fevereiro. A estimativa é a de que as ações serão distribuídas a partir de abril.
O Grupo Pão de Açúcar está avaliando em R$ 4,7 bilhões. Em 2023, as ações da companhia registraram uma alta acumulada de 5%. Nos últimos 12 meses, por sua vez, a queda é de quase 10%.