Grupo se concentra em frente à Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) desde o primeiro turno da eleição. O STF determinou a desmobilização de acampamentos golpistas em todo o país, após invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília. Acampamentos em frente à Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP) Vanderlei Duarte/EPTV O grupo de bolsonaristas radicais que estava acampado em frente à Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP), desde o primeiro turno das eleições, começou a deixar o local nesta segunda-feira (9). A retirada ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar a desmobilização de acampamentos golpistas em todo o país. A decisão de Moraes foi motivada pela invasão de bolsonaristas ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. LEIA TAMBÉM ‘Nós temos 24 horas para que essa ordem judicial seja exibida e ela vai ser transmitida’, diz o secretário da Segurança de SP sobre o desenvolvimento de Moraes Estado vai apurar a conduta de diretora de escola de Campinas durante atos golpistas em Brasília; VÍDEO Bolsonarista filma ato golpista e agradece ‘patrocinadores’; VÍDEO Uma equipe de reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, esteve na manhã desta segunda na rua da EsPCEx, a Avenida Papa Pio XII, e tratou que a maior parte do grupo já havia deixado o local. No entanto, por volta das 11h10, alguns continuaram acampados, com ao menos dez barracas de lona no local. Entre as reivindicações do grupo está a intervenção militar sem o reconhecimento do resultado das urnas que elegeram Lula para presidente. Com cavaletes, eles chegaram a bloquear um trecho da avenida. Ao menos seis viaturas da Polícia Militar (PM) estavam estacionadas ou circulando pelo entorno. Em nota, a Prefeitura de Campinas disse que disponibilizou a Guarda Municipal, a Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec) e os Serviços Técnicos Gerais (Setec) para apoiar a medida judicial de desocupação do acampamento em frente à Escola de Cadetes. “A operação de desocupação, como definido o STF, será comandada pela Polícia Militar. A Guarda Municipal, além de dar suporte à operação, vai fortalecer a segurança nos prédios públicos da cidade”, afirmou. Bolsonaristas tentaram a deixar Escola de Cadetes em Campinas Kleber Tomaz/g1 Bolsonaristas da região em invasão em Brasília Um dos bolsonaristas que participaram da invasão aos prédios dos Três Poderes no domingo usaram as redes sociais para agradecer “os patrocinadores” que permitiram uma viagem até Brasília . No vídeo, o homem identificado como Samuel Faria, de Socorro (SP), agradeceu aos “amigos patriotas” e diz que “muitos patrocinaram com o PIX”. “Estou me sentindo um parlamentar. O pau tá quebrando (sic), olha lá (mostra o confronto), o pau quebrando lá, tô nem aí, estou de férias. O dinheiro está na conta. Obrigado amigos patriotas, pessoal de Amparo, do QG, muitos amigos patrocinando a gente aí com o PIX”, diz. No vídeo, Samuel apareceu dentro do prédio do Senado invadido por terroristas bolsonaristas durante os atos golpistas. O bolsonarista Samuel Faria, de Amparo (SP), filmou o ato golpista em Brasília (DF) e agradeceu aos “patrocinadores” Reprodução/redes sociais Um bolsonarista de Campinas também usou as redes sociais para divulgar a ação. Em um dos vídeos, ele sobe a rampa do Congresso enquanto profere palavras de ordem. “Brasília está sendo tomada pela cidade de Campinas, pelos patriotas, essa rampa nunca foi da esquerda”, disse em um trecho. Symon Patriota se apresenta como um dos organizadores do acampamento bolsonarista que bloqueiam uma avenida ao lado da Escola de Cadetes em Campinas para contestar o resultado da eleição. Ele descreve seu perfil como “Bolsonarista patriota que foi convocado para salvar a nossa nação”, e compartilha um contato para receber doações via PIX. Já uma diretora da Escola Estadual Professor Luis Galhardo, no bairro Jardim Cura D’ars, em Campinas, está sendo investigada pelo estado por elogiar as invasões.
Fonte G1