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Na TV, Mourão critica políticas de liderança e defende as Forças Armadas

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Em pronunciamento em rede de rádio e TV na noite deste sábado (31/12), o presidente em exercício do Brasil e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (Republicanos), fez críticas às “lideranças” que, por meio do “silêncio” e do “protagonismo inoportuno e deletério”, admitido para um “clima de caos”.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram escapar com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criamsse um clima de caos e desagregação social e, de forma irresponsável, com que as Forças Armadas, de todos os brasileiros, pagassem a conta, para alguns por inação e por outros por fomentar um pretenso golpe”, disse o general da reserva em rede nacional.

Segundo o vice-presidente, a democracia brasileira foi “vilipendiada e sabotada por representantes dos três Poderes da República pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum”. Ele creditou a isso a “falta de confiança, de parcelas significativa da sociedade, nas principais instituições públicas”.

No pronunciamento, Mourão também defendeu o governo do qual fez parte e falou sobre a importância da alternância de poder, mas disse que haverá oposição ao governo que entra. “Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado, livre de práticas sistemáticas de burocracia, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil como uma das economias mais prósperas e com resultados mais inspirados pós-pandemia, no concerto das nações ”, disse ele.

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Sobre o governo Lula, também sem citar o presidente que será empossado neste domingo (1º/1), Mourão disse que “a alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada. Aos eleitos, cumpram o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas, o país tenha assegurada uma democracia pujante e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo”.

“Aos que fugirão oposição ao governo que entra”, continuou Mourão, “cumprirá a missão de opor-se a desmandos, desvios de conduta e toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação é eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros”.

Críticas nas redes

Apoiadores do presidente Bolsonaro ficaram muito chateados com o pronunciamento de Mourão com críticas veladas e estão protestando nas redes sociais. Veja:

Íntegra do pronunciamento do vice-presidente:

No momento em que concluímos mais um ano pleno de atividades e de intensos engajamentos de toda a ordem, na condição de Presidente da República em exercício, julgo relevante trazer uma palavra de esperança, de estímulo e de preço ao povo brasileiro, especialmente na ocasião em que o nosso governo conclui o período constitucional de gestão pública do País, iniciado em 1º de janeiro de 2019.

Vislumbro que os acontecimentos políticos, biológicos e sociais que têm marcado a presente quadra da nossa História seguindoão impactando a vida da gente brasileira nos próximos anos, tornando a caminhada ainda mais desafiadora, visto que o mundo ainda se ressente da pandemia da Covid-19 ea a economia mundial sofre as consequências da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O Governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas significativas na Economia, no avanço da digitalização da gestão pública, na regulamentação da tecnologia da informação, na privatização de estatais, tendo promovido uma eficaz e silenciosa reforma administrativa, não recompletando vagas disponibilizados por aposentados, além da novidade de nosso modelo previdenciário e ainda potencializou o agronegócio e vários campos do conhecimento humano.

Juntos, defendidos duramente contra a pandemia, auxiliando os mais necessitados, apoiando as empresas na manutenção dos direitos dos funcionários e desonerando suas folhas de pagamento.

Apoiamos o governo estadual e municipal com recursos, médicos e medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica dos chefes do Executivo, permitindo que seu governo os direcione para as áreas onde aquela administração achasse conveniente.

Trabalhamos e entregaremos ao próximo governo um país equilibrado, livre de práticas sistemáticas de regulamentação, em herança econômica e com as contas públicas equilibradas, projetando o Brasil como uma das economias mais prósperas e com resultados mais inspirados pós-pandemia, no concerto das nações.

Tais permitirão pleitear o ingresso do País na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, o que possibilitará uma melhoria ao acesso a mercados e novas parcerias. Cabe destacar que o OCDE tem como princípios básicos a Democracia e o Livre Mercado.

Nem todas as empreitadas obtiveram o sucesso que almejávamos. Na área ambiental, por exemplo, tivemos percalços, embora tenhamos alcançado reduções importantes no desmatamento da Amazônia, uma região ainda necessita de muito trabalho e de cuidados específicos, engajando as elites e as comunidades locais, cortejadas permanentemente pela sanha predatória oriunda dos tempos coloniais.

Dirijo-me agora aos apoiadores de nosso governo, aqueles que credibilizaram nosso trabalho por meio do voto consignado às nossas propostas, sobretudo nas últimas eleições. Muito obrigado por seu voto! Desejo concitá-los a lutar pela preservação da democracia, dos nossos valores, do estado de direito e pela consolidação de uma economia liberal, forte, autônoma e pragmática e que nos últimos tempos foi tão vilipendiada e sabotada por representantes dos três poderes da República, pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum.

A falta de confiança de parcela significativa da sociedade nas principais instituições públicas decorre da abstenção intencional desses entes do fiel cumprimento dos imperativos constitucionais, gerando uma canalização equivocada de aspirações e expectativas para outros atores públicos que, no regime vigente, carecem de lastro legal para o saneamento do desequilíbrio institucional em curso.

Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de País deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criamsse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe.

A alternância do poder em uma democracia é saudável e deve ser preservada. Aos eleitos, cumpram o dever de dar continuidade aos projetos iniciados e direcionar seus esforços para que, à luz de suas propostas, o País tenha assegurada uma democracia pujante e plural, em um ambiente seguro e socialmente justo.

Aos que fugirão da oposição ao governo que entra, cumprirá a missão de opor-se a desmandos, desvios de conduta e toda e qualquer tentativa de abandono do perfil democrático e plural, duramente conquistado por todos os cidadãos. Buscando-se a redução das desigualdades por meio da educação é eficaz, criando oportunidades iguais a todos os brasileiros.

Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime! Manteremos nosso caráter democrático, com Poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre maior transparência e confiabilidade.

Tranquilizemo-nos! Retornemos à normalidade da vida, aos nossos afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos escolheram dura oposição ao projeto progressista do governo de turno, sem, entretanto, promover oposição ao Brasil. Estaremos atentos!

Na condição de Presidente da República em exercício, finalizo estas palavras apresentando-lhes os meus melhores votos de um ano de 2023 pleno de saúde, felicidades e muitas festas. Que o nosso amado Brasil continue sua caminhada na direção de seu destino-manifesto, tornando-se a mais próspera e bem-sucedida democracia liberal ao Sul do equador.

Feliz ano novo, realizado pessoal e supervisão para cada um de nós que formamos esta grande nação! Muito obrigado!

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Fonte Metropoles

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