O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira, disse durante coletiva de imprensa para divulgar o esquema de segurança da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que o cancelamento da operação de retirada dos manifestantes acampados há mais de dois meses no Quartel-General do Exército, em Brasília, nesta manhã ocorreram porque o Exército Brasileiro “não deu a segurança necessária”.
“Estávamos desde cedo acompanhando a movimentação no QG e presenciamos quando servidores do DF Legal, que estavam lá para a operação de retirada de ambulantes ilegal, foram embora porque não se sentiram seguros uma vez que, segundo apuramos, o Exército não deu a segurança necessária ”, pontuado.
O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, observou que o Exército entendeu que conseguiria fazer a retirada dos manifestantes sem a necessidade da operação.
“Foi iniciada uma ação para hoje, como anteriormente outras foram interativas. Uma equipe do DF Legal e o PMDF estavam no local, mesmo porque qualquer tipo de ação a gente trabalha de forma preventiva para que não haja reação. Em determinado momento, a coordenação da operação estava com o Exército e, por decisão do Exército, suspendeu-se a ação mais incisiva desse momento. Eles continuam desocupando, retirando as instalações, e nós seguimos à disposição”, salientou o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo.
Ação
Um atrito entre oficiais do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) levou ao cancelamento da operação de retirada dos manifestantes acampados há mais de dois meses no Quartel-General do Exército, em Brasília. As ações, que contariam com a participação de servidores do DF Legal, estavam previstas para a manhã desta quinta-feira (29/12).
A coluna Na Mira teve acesso a um documento, assinado em 6 de dezembro, e enviado ao DF Legal e à Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), no qual o Exército pede a retirada dos bolsonaristas. De acordo com o ofício classificado como “urgente”, a ação deveria ter ocorrido no dia 7 de dezembro, às 6h30. Mas foi remarcada para esta quinta-feira (29/12).
janela._taboola = janela._taboola || []; _taboola.push( mode: “thumbnails-c-3×1”, container: “taboola-mid-article”, posicionamento: “Mid Article”, target_type: “mix” );
A reportagem também teve acesso a um outro documento assinado nesta quinta que define o papel de cada órgão na operação. A coordenação das ações ficou a cargo do Comando Militar do Planalto do Exército Brasileiro. Contudo, fontes fornecidas à operação fornecidas à coluna que oficiais do Exército e da PMDF discutiram para ver quem teria o comando e faria a proteção dos servidores do GDF que lá estavam para trabalhar.
“O Exército tomou a frente. Porém, durante a operação não deu a proteção e nem deixou o PM entrar no acampamento. Por segurança, as equipes se retiraram, porque a Polícia do Exército ficou a distância e os manifestantes aguardaram a hostilizar os servidores”, afirmou uma fonte, que pediu para não ser identificada.
Agora, a expectativa é que o próprio Exército retire os manifestantes, por ser uma segunda vez que o GDF envie agentes ao local. Servidores argumentam que “os militares não fazem a proteção adequada e não permitem que a PM o faça também”.
O posto de Comandante da PMDF diz que o Exército desistiu da operação conjunta para retirar o acampamento apareceu pela primeira vez nas Metrópoles.