O Senado Federal assumiu, na noite desta quarta-feira (21/12), a PEC da Transição em primeiro turno. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados mais cedo, com mudanças.
O placar foi de 63 votos apoiados e 11 contrários dos 81 senadores.
O texto permitirá ao novo governo um acréscimo de R$ 145 bilhões do teto de gastos.
A proposta, sugerida pelo grupo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é considerada essencial para que as promessas de campanha sejam cumpridas e o valor do Bolsa Família garantido em R$ 600 em 2023.
Redução
Os deputados fizeram alterações no texto aprovado pelo Senado Federal. A vigência da proposta, por exemplo, foi reduzida de dois para um ano. A Câmara também retirou um trecho que previa que a equipe de transição poderia apresentar sugestões de onde serão usados os R$ 145 bilhões da proteção do teto de gastos. De acordo com a proposta, a escolha será feita pelo Congresso e pelo relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
Ao todo, o texto prevê impacto de R$ 168 bilhões.
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Uma das principais alterações no texto trata de um dispositivo sobre as emendas do relator, mais conhecido como “orçamento secreto” pela falta de transparência. A ferramenta se tornou uma espécie de “moeda de troca” dentro do Parlamento.
Após a decisão do STF pela inconstitucionalidade das emendas do relator, o Congresso encontrou na PEC uma saída para a regulamentação. O relatório de Elmar Nascimento (União Brasil/BA) também incluiu artigos para acomodar o remanejamento dos R$ 19,4 bilhões previstos para as emendas de relator no Orçamento de 2023.
A matéria determinada que, do montante de R$ 9,5 bilhões, 2/3 foram destinados às bancadas da Câmara dos Deputados e 1/3 encaminhados para o Senado Federal. Ficando R$ 6,33 bi e R$ 3,17 bi respectivamente. Além disso, devem ser aprovados no limite de 2% da receita corrente líquida do exercício anterior ao encaminhamento do projeto, sendo que uma metade destinada a ações e serviços públicos de saúde.
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