Caso teria ocorrido em 12 de dezembro em aguardando no bairro Santa Cruz e relato foi feito em boletim de ocorrência. Profissionais defendem que ‘acusação é absurda’ e pedem compreensão. A sede da DDM de Valinhos Fernando Evans/g1 A Polícia Civil em Valinhos (SP) aguarda ouvir no fim da tarde desta quarta-feira (21) o depoimento do dentista investigado por caso de violação psicológica contra uma adolescente de 16 anos durante atendimento em psicologia no bairro Santa Cruz. O profissional, contudo, nega o crime, diz que “a acusação é absurda” e pediu levantamento de apoio. Veja abaixo relato e integridade da defesa. A Polícia Civil confirmou na tarde de terça-feira a abertura de um inquérito. O caso teria ocorrido em 12 de dezembro e foi registrado no dia seguinte com a formalização do relato da mãe da garota. Segundo a SSP, o dentista foi intimado após o início das considerações na segunda-feira. Ao g1, o delegado Júlio César Brugnoli confirmou que até o momento ele ouviu somente os pais da garota e não estão previstos oitivas de outras testemunhas. Além disso, ele informou que ainda irá verificar se há imagens no local que podem ser solicitadas para uso nas apurações. O caso é tratado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Valinhos. Repetição A mãe do adolescente afirmou durante o boletim de ocorrência que “a situação ocorreu outras vezes”. “Um representante [mãe da jovem] declara que a vítima relatou no dia anterior aos fatos o que havia despertado, mas que a situação já ocorreu outras vezes. Acontece que na data dos fatos narrados, uma vítima relatada para a mãe [representante] que nas outras vezes que o fato ocorreu, foi sozinha até a consulta e já havia tentado do autor colocar a mão no seio da vítima ou em sua região da virilha, porém, a vítima pensou que ‘era sem querer’ e por isso a mesma não relatado para ninguém o registrado”, diz trecho do boletim de ocorrência Já no dia 12 de dezembro, segundo depoimento da mãe da adolescente, o dentista teria tocado os seios dela logo que ela entrou para a consulta. Além disso, ao final do atendimento , de acordo com o relato, o suspeito acariciou a virilha da garota e tentou colocar a mão da vítima na genitália dele. a jovem de costas e esfregou o pênis nas nádegas dela. “Primeiro ele causa essa sensação de ‘foi sem querer’, ‘foi um esbarrão’, ‘ah, fui pegar alguma coisa ali e esbarrei’. Esse é o primeiro sentimento que ele causa. Após, se a pessoa não entender que foi sem querer e não tiver nenhuma reação contrária, ele se sente tranquilo para que ele possa continuar os abusos, como aconteceu com essa vítima que acabou chegando ao extremo”, explicou a advogada da adolescente, Priscila Rangel Ela explicou que a garota contornou o crime primeiro para uma irmã. “Essa irmã, num momento de raiva, tristeza, aquela confusão de emoções sabendo que a irmã tinha acabado de ser abusada, ela passou a gritar. E aí o pai escutou, ele veio até onde as meninas estavam, elas contaram o que havia planejado, e começaram-se uma denúncia para que fosse registrado boletim de ocorrência”, explicou a advogada à EPTV, afiliada da TV Globo. O que diz o dentista? Em nota, o dentista recusou o crime e considerou que “a acusação é absurda”. Confira abaixo a íntegra. “Não tive acesso ao boletim de ocorrência. A acusação é absurda e não possui qualquer fundamento. Já solicitei o levantamento das mantidas de vídeo realizado no dia da consulta, para atendimento das autoridades e total esclarecimento. No momento apenas isso.” boletim de ocorrência. “Este homem doente, estuprador, colocou a mão nas partes íntimas da nossa filha durante uma consulta para correção do aparelho dental”, diz o desabafo. Desabafo feito pela família nas redes sociais da jovem Redes sociais/Reprodução EPTV Uma outra postar no perfil diz, ainda, que outras vítimas fizeram contato com a família após o caso vir a público. Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas.
Fonte G1