Giovanna Ewbank abriu o coração em entrevista para Patrícia Kogut, do jornal O Globo. Na conversa, a artista falou sobre a descoberta da sua demissexualidade, e da sua luta antirracista. A mãe de Títi, Bless e Zyan também apresentou o ataque racista que a família sofreu em Portugal, em julho.
“O movimento antirracista está em primeiro lugar nas nossas vidas. Na minha e na do Bruno (Gagliasso, com quem está casada há mais de dez anos). Todo o resto vem depois“, afirmou. Gio, então, falou sobre o encontro que teve com uma mãe e uma criança preta em um aeroporto. “Essa moça ter ido falar comigo me aliviar. Foi uma conquista. É importante ser visto como combinado. Eu e ele temos nossas carreiras, mas nada é tão importante e forte na nossa vida como esse movimento. Tentamos construir isso desde a chegada da Títi (em 2016). É para os nossos filhos, para os filhos de outras pessoas, para pessoas e crianças pretas. Nunca vamos baixar a cabeça. Vamos seguir com sangue nos olhos, contra os racistas“, contínua.
Já sobre o caso de racismo no país europeu, a apresentadora sofreu o status das ponderações: “Houve uma audiência em novembro e haverá outra em fevereiro. Estamos fazendo acontecer. Não vamos parar“. Na época, ela chegou a publicar uma carta aberta em que agradeceu o apoio do público.
Durante uma conversa, Ewbank ainda falou sobre o “Quem Pod, pod”, que comanda ao lado de Fernanda Paes Leme. “Nós fomos por muitos anos as entrevistas. Então, entendemos o desconforto. Tentamos deixar o convidado o mais à vontade possível para que possa ter uma troca sincera. É pela informação e pela importância de passá-la ao público“, pontudo.
“A gente fala sobre temas tabus sem medo. Quando comentei no ‘pod’ que era demissexual (pessoa que se atrai sexualmente somente quando há uma conexão emocional), foi impressionante a repercussão. Eu não comi tanto o termo. Sempre me culpei e me cobrei por não ter tido muitos parceiros sexuais. Era uma coisa que me incomodava. ‘O que eu tenho de errado?’, pensava. Falava com as minhas amigas, elas contavam experiências com vários parceiros. Ficava triste porque achava que não tinha mais libido. Discutir isso me fez encontrar“, acrescentou.
“Fernanda se expõe, eu me exponho, o convidado se expõe em prol de algo maior que é levar informação para o público. Seja através de pautas de antimachismo ou de antirracismo e anti-homofobia. O interesse é levar informação através de uma conversa sincera, aberta por todas as partes“, refletiu.
Em seguida, ela relembrou outra revelação que fez no podcast – de que foi assediada nos bastidores de “A Favorita” (2008). Na ocasião, ela levou um tapa da bunda de um ator, que não foi identificado. Depois do ocorrido, alguns colegas falaram para ela não relatar a situação à chefia.
“Elas agiram assim pelo medo de eu sofrer retaliação. Angélica conto ter sido vítima de assédio na rua quando era jovem, Com isso, me caiu uma ficha. Lembrei de situações que também sofri. E não passou pela minha cabeça que era assédio. Se uma coisa marca e incomoda, algo de errado tem. Na conversa com a Angélica, éramos três mulheres falando sobre essa situação“, ponderou.
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