Reunido neste sábado (17/12), o Diretório Nacional do PSol decidiu que o partido fará parte da base do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A sigla, porém, optou por restringir a participação em cargos ministeriais.
Casos específicos como o da deputada federal eleita por São Paulo Sônia Guajajara, cotada para assumir o Ministério dos Povos Originários após indicação da Articulação dos Povos Indígenas (Apib), podem ser aceitos mediante licenciamento do diretório do partido.
“Destacamos que o PSol preserva sua autonomia de organização e, portanto, os filiados que, no caso de convidados, optem por ocupar cargos no governo federal, devem se licenciar dos espaços de direção partidária. A eventual presença nesses espaços não representa a participação do PSol”, enfatiza a resolução aprovada.
O documento também aponta que a sigla “apoiará o governo Lula em todas as suas ações de recuperação dos direitos sociais e de interesses populares. Estaremos presentes nas trincheiras do parlamento e das lutas do povo brasileiro, combatendo a extrema-direita e defendendo o governo democraticamente eleito, mas o PSol não terá cargas na gestão que se inicia”.
A resolução concilia visões distintas dentro do partido, como a do grupo representado por parlamentares como Sâmia Bonfim e do grupo do qual faz parte o deputado eleito Guilherme Boulos e o presidente da sigla, Juliano Medeiros. Enquanto os aliados de Sâmia defendiam a independência e a recusa de cargos, o outro lado defendia a independência mesmo fazendo parte da base do governo eleito.
O Diretório Nacional do PSOL acaba de aprovar uma resolução que afirma: seguiremos na linha de frente do combate à extrema direita; apoiaremos o governo Lula em todas as medidas tolerantes ao povo; preservaremos nossa independência e não teremos cargas do governo. (1/3)
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) 17 de dezembro de 2022