O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tem sido cobrado por senadores ligados a Jair Bolsonaro para reagir ao presidente do TSE, Alexandre de Moraes, após as recentes decisões e operações contra bolsonaristas autorizadas pelo ministro.
A cobrança é para que Pacheco faça um discurso em defesa da imunidade parlamentar e contra o que considera “excessos” de Moraes. A avaliação é de que uma fala dessas do presidente do Senado blindaria os parlamentares de serem alvos de decisões do ministro por suas declarações.
“Não parece democracia e não tem cheiro de democracia”, afirma o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (RJ), sobre os mandados que atingem os parlamentares.
Apesar da pressão, aliados e interlocutores do presidente do Senado dizem que serão nulas as chances de Pacheco se insurgir contra Alexandre de Moraes. O argumento, afirma, é de que é necessário acompanhar a autonomia e autoridade de cada poder em suas decisões.
Projeto
Na Câmara, deputados discutem a apresentação de um projeto de lei para garantir a imunidade parlamentar também para as falas divulgadas nas redes sociais. “As operações têm excessos. Imunidade parlamentar é sagrada”, diz um deputado da base bolsonarista.
Na quinta-feira (15/12), Moraes autorizou mais de 100 mandados de busca e apreensão contra bolsonaristas acusados de financiar e organizar atos como a proteção de rodovias após a votação. Desses, ao menos quatro eram deputados estaduais. Um vereador foi preso