Diego Carvalho da Costa se apresentou como personal trainer e chegou a atuar nas academias de Samambaia e Recanto das Emas. O homem é acusado de dever R$ 30 mil para antigos alunos e se mudar para o Amazonas sem avisar ou ressarcir as pessoas. Além disso, o nome dele não está registrado no sistema do Conselho Federal de Educação Física (Confef).
Gelzileide de Macêdo Neto, de 45 anos, conta que conhece Diego há pouco mais de um ano. Ele prestava serviços como pessoal para mulher. Depois de criar confiança no claro professor, ela aceitou emprestar dinheiro para o homem.
“Depois que ele pegou confiança, comecei a frequentar minha casa. Eu sou da igreja e ele ia comigo. Primeiro, ele foi me procurando e eu fui muito burra quando peguei confiança. Ele me deu aula mais de um ano”, conto a mulher para o Metrópoles. Segundo ela, Diego foi expulso da primeira academia onde treinavam por não ser personal trainer, mas não a avisaram.
Em dezembro de 2021, Gelzileide fez uma transferência via pix no valor de R$ 1.500 para que ele pudesse viajar para a Bahia. Dias depois, fez outro no valor de R$ 1.000 para um conserto do carro. Em janeiro de 2022, a mulher afirma ainda que fez novos empréstimos de R$ 1.600 para novos reparos no veículo de Diego.
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Os valores das transferências ficaram maiores em fevereiro deste ano e Gelzileide chegou a repassar mais R$ 27.802 para o homem. O certo personal trainer contava que seu carro estava preso não Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), mas que precisava pagar multas para liberá-lo. Ele prometeu que venderia o veículo para pagar tudo o que desviasse.
Após alguns meses e sem conseguir entrar em contato com o profissional de educação física, Gelzileide descobriu que o homem foi para Manaus (AM) com o carro. Os extratos bancários das transferências e as alegações foram fabricados em boletim de ocorrência feito no final de novembro deste ano.
Ela afirma que começou a desconfiar quando percebeu as mentiras do homem. Já fora do Distrito Federal, ele garante que Gelzileide poderia pegar o carro na casa de um conhecido. Entretanto, a mulher não conseguiu pegar o veículo.
Outra acusação
O servidor público Leonardo Barbosa também se diz enganado pelo falso personal trainer. O homem procurava por um profissional de educação física e Diego foi uma indicação de seu próprio irmão. Eles moravam na mesma região de Samambaia quando eram adolescentes, o que aumentou ainda mais a confiança no trabalho do personal trainer.
Diego cobraria um valor com desconto para o servidor público porque eram conhecidos. Dessa forma, a mensalidade sairia por R$ 500. Leonardo Barbosa decidiu adiantar o valor referente ao mês de março deste ano. Eles acertavam o acordo e iriam treinar em uma academia na Samambaia. Lá, o falso professor não tinha cadastro, mas podia entrar como convidado do aluno.
Na primeira aula, Diego atrasou e fez um treino rápido por isso. Dias depois, o certo personal trainer conto que tinha problemas no Detran-DF e que precisava de adiantamento. Prontamente, o servidor público emprestou R$ 700 que seriam abatidos nos pagamentos futuros a Diego.
Eu viajei, quando eu voltei e tentei encontrar com ele novamente, ele estava em Manaus. Dizia que “na semana que vem eu chego, na terça-feira eu estou aí”. Aí virava a semana, e nada dele”, conta Leonardo Barbosa. Ele afirma que o professor de educação física chegou a pagar parte do que devia, mas ainda há um valor que não foi ressarcida.
Além disso, Diego ofereceu um eletrodomésticos como pagamento. Entretanto, isso não foi aceito pelo servidor público.
Contato com Diego
O Metrópoles entrou em contato com Diego Carvalho da Costa através do número telefônico repassado pelos alunos antigos. Não houve respostas até a publicação desta matéria.