Ao contrário de seus concorrentes Apple, Amazon e Disney, a Netflix parece ter perdido o encanto por controlar o esporte. A julgar pela declaração de Ted Sarandos, co-CEO e diretor de conteúdo da empresa, o interesse praticamente deixou de existir.
“Não vimos um caminho lucrativo para nos associarmos ao esporte. Não somos antiesportivos, mas apenas a favor do lucro”, disse Ted Sarandos de forma bastante explícita.
A Netflix manterá sua estratégia, sem a necessidade de comprar direitos esportivos porque a empresa já experimentou um modelo de negócios lucrativos.
Embora uma coisa aparentemente nada tenha a ver com a outra, o fato é que a notícia de que a Rede Globo não obteve lucro na transmissão da Copa do Catar pode ter influenciado na decisão da Netflix de não apostar nesse segmento.
Mesmo com a exibição comercializada e a Copa do Mundo do Catar na TV aberta, a Globo teve prejuízo na operação. O comercial chegou a festejar quando o faturamento superou a casa R$ 1 bilhão, mas as despesas têm sido superiores às receitas.
A cúpula da Globo comemora os bons índices de audiência, especialmente nos jogos da Seleção Brasileira, mas isso não muda o resultado final.
No jogo Brasil x Croácia, a audiência no Rio chegou a 52 pontos (80% de participação), e em São Paulo 53 pontos (78% de participação). Foi a maior audiência de uma partida de futebol em quatro anos, desde a Copa da Rússia em 2018.
Mas nada disso é suficiente para a comover o pessoal da Netflix, que mostrou todo o seu pragmatismo ao mandar essa mensagem para o mercado: “Não somos antiesportivos, mas apenas a favor do lucro”.
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