A Universidade Estadual registrou 969 ausentes entre os 12.708 candidatos convocados para esta etapa. Chuva e calor motivaram ações em locais de prova. O processo seletivo será encerrado nesta segunda (12). Primeira prova da 2ª fase do vestibular 2023 da Unicamp é aplicada neste domingo (11) Júlio César Costa/g1 O primeiro dia de provas da 2ª fase do vestibular 2023 da Unicamp terminou com abstenção de 7,6%, segundo a comissão organizada (Comvest ). O percentual é o menor desde 2009, e significa 969 ausentes entre os 12.708 estudantes convocados para esta etapa do processo. Em Campinas (SP), uma forte chuva gerou transtornos no maior local de prova. A cidade que teve o menor índice de faltosos foi São Carlos (SP), com 3,9%, seguida por São Paulo, com 5,7%, o que chamou a atenção da Comissão. Já a cidade com mais ausências era esperada, Presidente Prudente (SP), com percentual de 21,8%. “É a única cidade que teve aumento de abstenção, pega norte do Paraná e Mato Grosso do Sul, é uma cidade em que tradicionalmente o índice é mais elevado”, explicou o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto. No total, 11.739 compareceram. Na edição anterior, o vestibular terminou com índice geral de faltantes em 12,7%, o maior desde 2020. Veja abaixo tabela com evolução. 2ª fase tem porte de armas e racismo como opções de temas da redação, e questão aborda aporofobia Veja como foi a movimentação nas provas da 2ª fase Abstenção na 2ª fase do vestibular da Unicamp A universidade oferece 2.540 vagas em 69 cursos. Nesta segunda fase, as estimativas ocorrerão em 17 cidades de São Paulo (14 a menos do que na 1ª – confira a tabela abaixo), além de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Foi recomendado o uso de máscara de proteção contra a Covid-19. Calorão e chuva forte O calor roubou a cena neste primeiro dia da segunda fase. Na Unip, principal local de prova localizada no bairro Swift em Campinas, a falta de uma sombra e de acesso a banheiros e água gerou reclamação de pais e acompanhantes de candidatos que aguardavam. “Alguns pais pediram pra ir ao banheiro e mandaram a gente ir no supermercado. Esperava no mínimo uma condição mais humana. Estamos no cimento quente e sem sombra pra esperar”, disse a professora Maria Cândida da Silva Almeida que veio com a filha do Rio de Janeiro. Na coletiva de imprensa, Neto disse que não houve esse tipo de reclamação em outros vestibulares e que desconhecia a falta de apoio e não tinha um plano B, mas afirmou que faria uma reunião com os representantes da Unip para encontrar uma solução para o segundo dia de provas, que acontece nesta segunda (12), e pediu desculpas aos familiares. No fim da tarde, uma chuva forte atingiu a cidade e chegou a afetar uma das salas de aula. Uma turma inteira precisou ser flexível de espaço. “Houve a transferência de uma sala por conta da chuva e esses candidatos receberam tempo adicional de prova para fazerem a transferência”, explícito o diretor da Comvest. Do lado de fora, quem já tinha saído da prova foi autorizado a se abrigar no refeitório da Unip até a chuva diminuir. Refeitório da Unip candidatos abrigam da segunda fase da Unicamp durante temporal, em Campinas Naira Zitei/g1 ‘Temas do cotidiano’ A universidade estadual iniciou a segunda fase neste domingo com aplicações das provas de redação, português, inglês e ciências da natureza. Porte de armas e racismo nas escolas foram os temas propostos para a redação, e a prova ainda abordou desde a releitura da cena histórica da Independência do Brasil com celulares no lugar de espadas até a aporofobia, prática de usar elementos que afastam as pessoas pobres e em situação de rua, como pregos no chão e cacos de vidro sob viadutos. “A ideia foi trazer esse conceito que tem sido debatido e incitar os candidatos e candidatos a discutir. […] É um princípio da universidade porque esses temas interessam para a universidade como um local de produção de conhecimento, um local que não é separado do debate social”, explicou a professora da Unicamp Márcia Rodrigues de Souza Mendonça. armas e racismo nas instituições de ensino como temas da redação releitura da cena história da Independência do Brasil, o quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, com celulares no lugar das espadas bordão que viralizou na web “É sobre isso, e tá tudo bem” aporofobia, a prática de usar elementos que afastam as pessoas pobres e em situação de rua, como pregos no chão e cacos de vidro sob viadutos poema “Língua portuguesa”, de Olavo Bilac citado do livro “O Ateneu”, de Raul Pompeia, com abordagem na crítica social processo de derretimento do vidro energia eólica mudanças climáticas e como o vidro foi importante para a preservação das vacinas influência da mudança dos termos favela/favelado para comunidade/mo rador de comunidade na realidade da periferia Candidatos ressaltaram a grande quantidade de textos e que deixaram usar as informações nas respostas no decorrer da prova. O feito é proposital, segundo Márcia. “Os textos de leitura ajudamvam os candidatos a produzir o texto. É uma prova que avalia a leitura e a escrita, conjuntamente”, ressaltou. A prova com questões coloridas foi outro destaque desta edição – é a primeira vez que a universidade adota essa impressão. O objetivo é deixar o conteúdo mais didático, e Comvest disse que recebeu comentários positivos e espera um bom retorno também nesta segunda (12). Prova desta segunda é específica Segunda: provas comuns a todos os candidatos Matemática: seis questões; ciências humanas (interdisciplinar): duas questões; Segunda: provas de conhecimentos específicos Candidatos da área de ciências biológicas/saúde: seis questões de biologia e seis questões de química; Candidatos da área de ciências exatas/tecnológicas: seis questões de física e seis questões de química; Candidatos da área de ciências humanas/artes: seis questões de geografia e seis questões de história, englobando conteúdos de filosofia e sociologia; Recomendação sanitária A Comvest reforçou a recomendação de uso da máscara para proteção contra Covid-19. A eventual obrigatoriedade, diz a direção, depende das regras de municípios e estados onde houver provas. Cidades com provas do vestibular 2023 da Unicamp As outras cidades paulistas com provas em dezembro são: Jundiaí, Limeira, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São Paulo. Cronograma 2ª fase: 11 e 12 de dezembro de 2022; Provas de habilidades específicas: 4 a 6 de janeiro de 2023; Divulgação da primeira chamada: 6 de fevereiro de 2023; Matrícula on-line da primeira chamada: 7 a 9 de fevereiro de 2023; VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
Fonte G1