São Paulo – O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu neste domingo (4/12) a necessidade de aumentar em cerca de R$ 22 bilhões o orçamento para a Saúde no ano que vem e enfatizou que foco inicial do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área vai “zerar” a fila de exames e cirurgias e aumentar os índices de vacinação no país.
“Prioridade sem orçamento é discurso”, afirmou Alckmin, em coletiva de imprensa no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde ele se encontrou com dez médicos que integraram o gabinete de transição (GT) da Saúde. O coordenador da equipe de transição, o vice-presidente eleito afirmou que o grupo de especialistas continuaria sendo consultado mesmo após o início do governo, em janeiro.
A nessecidade de um acréscimo de R$ 22 bilhões no orçamento da Saúde já havia sido anunciada em novembro pelo senador Humberto Costa (PT/PE), que também integra o GT. Para o petista, é preciso que o recurso seja garantido para o ano que vem na chamada PEC da Transição, que pretende abrir espaço para despesas na área social além do teto de gastos.
Além de defender mais dinheiro no Orçamento de 2023, para manter os serviços básicos, como fornecimento de remédios pelo programa Farmácia Popular, Alckmin destacou quais serão os eixos centrais na área da saúde que serão prioridade do futuro governo, entre eles a correção da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e investimento na “telemedicina”, com atendimentos à distância.
O vice-presidente eleito também enfatizou algumas ações que devem ser tomadas logo no início do mandato. Uma delas é fazer um “mutirão” em parceria com a iniciativa privada para zerar a fila de exames e cirurgias, que cresceu durante a pandemia de Covid-19. Outra é promover uma série de ações para aumentar a cobertura vacinal no país, como campanhas de incentivo com pessoas físicas e exigência da vacinação em dia para liberar pagamentos do Bolsa Família.
“O mais importante é o convencimento. A gente deve usar artistas, jogadores da Copa, personalidades, para levar confiança às pessoas”, disse Alckmin sobre a campanha de vacinação. Entre os médicos que participaram da reunião com Alckmin estava Roberto Kalil Filho, que cuida da saúde de Lula há anos e avaliou nesta manhã após o procedimento feito no gargante do presidente eleito.
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