A Procuradoria Regional Eleitoral do Distrito Federal emitiu um parecer de reprovação das contas eleitorais do deputado distrital eleito Rogério Morro da Cruz (PMN). Segundo a avaliação do órgão, o parlamentar usou verbas do fundo eleitoral para completar despesas com militância, porém, há discrepância nos valores pagos.
O montante de R$ 75 mil teria sido dividido entre pessoas que receberam, cada uma, entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, sendo que todos assinaram um contrato como coordenadores gerais de campanha.
O procurador eleitoral regional Zilmar Drummond ainda destacou no parecer que as especificações dos contratos são “genéricas” e “incapazes de justificar a aludida discrepância no estabelecimento dos valores da hora trabalhada”. Além disso, segundo o procurador, os valores pagos extrapolam o entusiasmo no mercado.
“De modo que, frustrada a auditabilidade e rastreabilidade dos recursos financeiros aplicados na campanha eleitoral pela ausência de demonstração de sua utilização regular, além de sua expressividade no contexto das contas personalizadas (11,60% do total das despesas contratadas), inclusive desaprovar as contas de campanha, determinando-se a devolução do valor correspondente ao Tesouro Nacional”, escreveu.
A procuraria pediu que o pedido de recolha e retorne ao Tesouro Nacional o montante de recursos esperados de origem não identificados e das verbas aplicadas sem comprovação.
A decisão fica a carga do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) que pretende julgar as contas de todos os eleitos ainda este ano.
Quem é o deputado
Bernardo Rogério Mata de Araújo Junior, conhecido como Rogério Morro da Cruz, é natural do Porto, no Piauí. Ele compareceu na área de vendas antes de ser eleito para a primeira obrigatoriedade na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Rogério foi eleito em 2022 com 18,2 mil votos. Procurado, Morro da Cruz não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto.