Pacientes com vacinação incompleta são 76% dos internados por Covid-19 em Campinas

Campinas e Região



Levantamento mostra que 42 dos 55 assistidos de 28 de agosto a 19 de novembro estavam sem todas as doses recomendadas. Profissionais da saúde alertam sobre atualização da carteira. Manipulação profissional de dose de vacina contra Covid-19, em Campinas Leandro Ferreira/FotoArena/Estadão Conteúdo Um levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde em Campinas (SP) na tarde desta quarta-feira (23) mostra que 76,3% dos internados por conta de complicações provovcadas Covid-19 no período entre 28 de agosto e 19 de novembro estavam com esquema vacinal incompleto. O percentual significa que, do total de 55 pacientes, 42 estavam com imunização parcial e 13 com todas as doses. A prefeitura protegeu nesta mesma data a recomendação para que a população volte a usar máscara contra a Covid-19 em locais pouco ventilados e/ou quando houver aglomerações, diante do aumento de casos positivos e volta de internações causadas pela doença. Em nota, a administração diz que o Comitê de Enfrentamento da Pandemia de Infecção Humana pelo Novo Coronavírus passou a orientar “fortemente” a proteção e incluiu o transporte público na lista de ambientes para cuidados. Alerta sobre proteção A médica infectologista da Unicamp Raquel Stucchi explicou que a proteção gerada pelas vacinas contra as formas mais graves da doença diminui ao longo do tempo e, por isso, é preciso estar com o esquema completo. “Depois de seis, oito meses, para a maior parte das pessoas, a proteção já é bem pequena”, explicou. O esquema vacinal completo consiste em quatro doses do imunizante para maiores de 18 anos, e em duas para menores de 12 anos. Em Campinas, 13 das 55 pessoas hospitalizadas foram assistidas pela Unidade de Terapia Intensiva. No grupo, dez não tinham recebido todas as doses especificadas. As vacinas de reforço servem para evitar a queda natural da proteção contra o novo coronavírus, explicou a médica. Em idosos, o processo tende a acontecer mais rápido, a partir do quarto mês após a última vacinação. “Quando fazemos a dose de reforço, o organismo aumenta rapidamente as células de defesa, os compensados, fazendo com que a gente volte a ter uma proteção e verifique o risco de ter formas graves da doença”, afirmou um infectologista. Na noite de terça, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu, por unanimidade, o uso temporário e emergencial de vacinas bivalentes, que protegem contra mais de uma cepa do novo coronavírus. No entanto, a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andréa Von Zuben, enfatizou que ainda não há previsão de quando estes imunizantes chegam à metrópole. “As vacinas disponíveis protegem tanto quanto as bivalentes contra formas mais graves da doença. Não é pra esperar. Esperar é se submeter a ter um quadro grave da doença”, alertou. A diretora do Devisa, Andrea Von Zuben Carlos Bassan/PMC LEIA MAIS Campinas reforça orientação sobre máscara e inclui transporte público em lista de locais para uso Mário Gatti volta a ter internados com Covid-19 e Campinas tem 100% dos leitos gerais ocupados Alta de casos e internações Campinas registrou alta de casos positivos da Covid-19 em novembro, segundo a prefeitura, embora a maioria dos pacientes tenha quadros classificados como “leve”. Entre 30 de outubro e 5 de novembro, a metrópole contabilizou 434 diagnósticos positivos, enquanto o total subiu para 799 na semana de 6 a 12 de dezembro. A variação neste período equivale a 84,1%, informou a Secretaria de Saúde. Essa variação rápida, avaliada na direção do Devisa, é característica da nova variante da ômicron. “É preciso entender que a Covid veio para ficar, ela vem em ondas. Cada vez que o vírus muda, ele encontra novas formas para se proteger […] Pelo que vimos lá fora, no exterior, essa onda dura de quatro a seis semanas, mas é avassaladora”, destacou. hospital de campanha na UPA Carlos Lourenço a partir desta sexta-feira (25) para garantir que o SUS municipal tenha retaguarda para atender casos de pacientes com Covid-19 que apresentem necessidades de hospitalização. Baixa vacinação entre jovens Segundo a Secretaria de Saúde, nenhum das faixas etárias de jovens entre 18 e 34 anos tem mais de 70% de imunização de reforço (3ª ou 4ª dose). 24 anos, que tem apenas 43% do público-alvo com o reforço Veja todos os números na tabela abaixo: Grupos com menos de 70% de vacinação de vigilância contra Covid em Campinas Na metrópole, as vacinas estão disponíveis para aplicação em 66 centros de saúde sem necessidade de agendamento nos dias úteis. Aos sábados, 12 unidades abrem para atender a população. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas.

Fonte G1

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