O senador Humberto Costa (PT-PE), integrante do grupo técnico da Saúde na equipe de transição, disse que o grupo deverá cobrar do atual titular da pasta da Saúde, Marcelo Queiroga, ações que serão adotadas até 31 de dezembro deste ano, em especial no tocante à vacinação contra a nova variante da Covid-19.
Nesta terça-feira (22/11), o grupo tem reunião com o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), que apresentou à transição um documento com dados sobre o status atual da máquina pública.
Reunião com o ministro da Saúde, prevista para 15h de quarta-feira (23/11), na sede do ministério, deverá abordar questões relacionadas à cobertura vacinal e à aquisição dos imunizantes de segunda geração contra a Covid-19, que estão em fase de análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O que a gente quer principalmente saber é o que o Ministério da Saúde está fazendo e está planejando para esse momento que está ficando evidente que nós estamos tendo um início de uma nova onda da Covid-19, no momento em que as crianças de até três anos de idade não estão sendo vacinadas na plenitude, estão sendo vacinadas apenas aquelas com comorbidades”, afirmou Costa. “Então, nós vamos procurar saber deles o que eles estão fazendo em relação a isso.”
Também integrante do GT de Saúde, o ex-ministro da pasta Arthur Chioro disse que a responsabilidade até o final do ano é do governo Jair Bolsonaro (PL), mas que a equipe de transição vai buscar garantir a continuidade na prestação dos serviços públicos.
“A responsabilidade pela condução da saúde até 31 de dezembro é do governo Bolsonaro. Nós, que participamos do grupo de transição, não temos a prerrogativa de tomar decisões, mas temos de identificar pontos sensíveis, identificar medidas necessárias e, na medida do necessário, negociar, articular, providenciar, reivindicar, tomar as atitudes que estiveram ao nosso alcance do ponto de vista de garantir que a população não tenha descontinuidade da atenção”, disse Chioro.
As vacinas testadas podem ter maior condição de proteção contra a cepa atual da Covid-19, chamada de “BQ.1”. Imunizantes da Pfizer e da Moderna desse modelo já estão em uso nos países da Europa e nos Estados Unidos.
Uma das prioridades do grupo temático de saúde do governo de transição é a nova onda de coronavírus, que aumentou o número de casos, hospitalizações e mortes decorrentes da doença.
